A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) informou, nesta segunda-feira (12), que o estoque de soja em grão no Brasil, no final de 2014, deverá ser de 5,332 milhões de toneladas. O volume é 8,11% maior que os 4,932 mi/t. estimados pela entidade no mês de abril.

O reajuste na previsão se deu devido à revisão no cálculo final da colheita, que cresceu 400 mil toneladas (0,46%), sobre os 86,1 mi/t do mês anterior. Caso o montante se confirme, o estoque disponível no final deste ano será 217% maior que 1,682 milhão de toneladas da oleaginosa que sobrou nos armazéns no dia 31 de dezembro de 2013.

De acordo com os dados da Abiove, da estimativa de safra de 86,5 mi/t, cerca de 43 mi/t devem ser exportados in natura, 37 mi/t processados para os mercados externo e interno e 2,950 mi/t são para sementes. As indústrias preveem importar 100 mil toneladas.

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Dos 37 milhões de toneladas a serem esmagadas, cerca de 28,2 mi/t vão para farelo de soja e 7,1 mi/t para óleo, cujos estoques finais devem ser de 988 mil e 288 mil toneladas, respectivamente. Quanto ao consumo interno, deve permanecer com a mesma previsão do que fora analisado há 30 dias pela indústria, com 14,5 mi/t de farelo e 5,8 mi/t de óleo. As exportações dos manufaturados devem ser de 13,7 mi/t (farelo) e 1,3 mi/t (óleo).

O aumento nos estoques finais da soja em grão calculadas pela Abiove está em linha com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). O órgão que mensura a agricultura daquele país divulgou, nesta segunda-feira, que os estoques mundiais da oleaginosa vão aumentar no final deste ciclo, reforçaram a expectativa de recuo das cotações no segundo semestre do ano.