Uma fiscalização mais rigorosa e apuração mais afundo quanto ao caso do mal da vaca louca, registrados em abril deste ano, em Mato Grosso precisam ser feitos após os embargos a carne bovina. Os pedidos de mais rigor são dos deputados estaduais Márcio Pandolfi (PDT) e Zeca Viana (PDT), em especial na região de fronteira.

No dia 19 de abril foi registrado, em uma fêmea de 12 anos, o caso atípico de mal da vaca louca. O animal era de uma propriedade de Porto Esperidião, contudo os distúrbios neurológicos se manifestaram já no frigorífico, localizado em São José dos Quatro Marcos. A conclusão do laudo realizado pelo laboratório oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, no Reino Unido, considerou o caso como atípico.

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Mesmo diante do laudo atípico para a doença Peru, Egito, Arábia Saudita, Argélia e Irã restringiram os embarques de carne bovina por 180 dias. Destes países a Arábia Saudita vem restringindo desde 2012 os embarques, o caso apenas veio a reforçar a decisão anterior.

Para Pandolfi o governo mato-grossense precisa reforçar as fronteiras, bem como ter um trabalho preventivo e uma fiscalização mais atuante para que outros problemas no setor pecuário não surjam. Segundo o deputado estadual, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) tem de atuar juntamente com a Vigilância Sanitária em um trabalho preventivo.

“É preciso que haja conscientização e fiscalização nas fronteiras de Mato Grosso que tem uma enorme área junto a outros países, e é fácil que gado contaminado passe para o lado do nosso Estado. Temos vacinação todos os anos, mas há esta vulnerabilidade com as fronteiras”, salienta Pandolfi.

Pandolfi sugere ainda que o governo de Mato Grosso coloque equipes em campo com fiscais e veterinários equipados para que uma fiscalização nos municípios que possuem fronteira com outros países. “Com uma suspeita já tivemos embargo de vários países e se confirmar o caso? Imagine o prejuízo que Mato Grosso terá para os pecuaristas e frigoríficos. São cidades inteiras que dependem da economia, cujo entorno realiza estas atividades. Estamos na iminência de uma crise econômica, pois uma suspeita causou este estrago e para resolver é simples, é preciso equipes em campo”.

A bandeira para uma fiscalização mais rigorosa nas fronteiras e que a suspeita seja resolvida, antes que os prejuízos apareçam em Mato Grosso, é levantada pelo também deputado estadual Zeca Viana. “É preciso que haja rigor na fiscalização da sanitária animal no Estado, é lamentável que Mato Grosso seja prejudicado no setor pecuária pela falta de fiscalização do governo”.