A produção de algodão em pluma na safra 2013/2014 deverá ser menor que as cerca de 900 mil toneladas esperadas. O excesso de chuva durante o desenvolvimento e no começo da colheita impactaram no resultado final, apesar de ainda não se ter uma estimativa do quanto poderá ser inferior. A afirmação é da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). Para a safra 2014/2015 há previsão de recuo de 10% na produção, contudo altos estoques mundiais e custo de produção elevado são os principais fatores.

O nono acompanhamento de colheita do algodão 2013/2014 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que o Estado chegou a 70,2% dos 645 mil hectares plantados com algodão. Um considerável avanço diante os 54,5% vistos na semana anterior.

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Conforme o presidente da Ampa, Milton Garbugio, o excesso de chuva durante o desenvolvimento do algodão e no início da colheita devem derrubar o volume da produção. “Ainda não sabemos em quanto será reduzida a produção de algodão em pluma devido a isso, porém para a safra 2014/2015 cremos em 10% de recuo tendo-se em vista os altos estoques mundiais da commoditie e o alto custo de produção”.

As projeções para a safra 2014/2015 são de um custo de produção de R$ 6.538,94 por hectare, aponta o Imea.

O presidente da Ampa comenta ainda que em termos de Brasil a redução na próxima safra deve chegar a 12% na produção em relação ao que está sendo colhido hoje.

Qualidade

Nesta sexta-feira (22) foi realizado o II Workshop da Qualidade do Algodão, em Cuiabá. O evento, organizado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), az parte Programa de Qualidade da Fibra de Algodão no Estado de Mato Grosso, financiado pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

“Este workshop é para a interação entre produtor e indústria. Hoje, nossa qualidade da pluma é boa em Mato Grosso, contudo é preciso ter cuidado com a contaminação da mesma, como resquícios de caule, folha, de polipropileno, entre outros como sujeira e pedaços de arame. Isso acaba gerando perdas na hora de enviar para a indústria”, comenta Garbugio.

O workshop contou com a com uma palestra do Prof. Dr. Eric Hequet, diretor do Fiber and Biopolymer Research Institute (FBRI) da Texas Tech University, considerado hoje líder internacional na investigação quanto à medição de propriedades das fibras de algodão.