Fomentar e fortalecer os segmentos criativos, visando à geração de novos empreendimentos, renda e emprego, este é um dos principais objetivos do Mato Grosso Criativo, voltado para a Economia Criativa. Ao todo 22 setores são envolvidos entre os segmentos negócios digitais, criações funcionais e o mundo das artes.
O lançamento do Mato Grosso Criativo, na noite desta quinta-feira, 17 de setembro, foi marcado pela assinatura do Decreto nº 252, que estabelece a criação do Comitê Gestor do Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa, o Mato Grosso Criativo. O programa envolve cinco Secretarias de Estado: Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), Educação (SEDUC), Desenvolvimento Econômico (SEDEC), Trabalho e Assistência Social (SETAS) e Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI).
O lançamento contou ainda com uma feira com a presença de empreendedores de diversos setores como gastronomia, artesanato e confecções no Palácio Paiaguás.
Leia mais:
Feirão do Emprego com mais de 2 mil vagas para o Várzea Grande Shopping é hoje
“O Mato Grosso Criativo visa fomentar a criação e a criatividade nos aspectos culturais e intelectual de modo que se possa ter um valor agregado, um valor econômico nas mais variadas áreas. Isso é uma ação intersetorial transversal entre as nossas Secretarias”, destacou o governador Pedro Taques.
A Economia Criativa é composta de três segmentos. O Mundo das Artes envolve os setores de artes visuais; artes cênicas; audiovisual; música; literatura; fotografia; artesanato; bibliotecas, museus e galerias; patrimônio material e imaterial; cultura popular e tradicional. Já o segmento de Negócios Digitais startups; fablabs; mídia digital; software; games; novas mídias e mídias sociais. No caso de Criações Funcionais envolve arquitetura e urbanismo; moda; design; publicidade; gastronomia e turismo.
Segundo o governado Pedro Taques, a criação de um Centro de Economia Criativa já foi discutida com as cinco Secretarias envolvidas. O Centro deverá ser instalado na Avenida Getúlio Vargas, na antiga sede da Secretaria de Estado de Cultura. A intenção é levar para o interior o programa também.
“Temos que interiorizar este processo. Ligar o desenvolvimento, ligar a economia, a cultura e a ciência e tecnologia para que estes instrumentos possam ter um valor econômico”, frisou Taques. O governador destacou ainda que a ideia é a geração de emprego e renda também, bem como a inclusão social daqueles que produzem. “Também queremos levar para fora do Estado. Mato Grosso participa de eventos nacionais de economia criativa”.
Conforme o secretário de Cultura, Leandro Carvalho, nos últimos meses as cinco Secretarias envolvidas modelaram o programa. “Serão várias ações realizadas, incluindo uma linha de crédito para profissionais e empreendimentos criativos”.
A linha de crédito começará a operar a partir de 2016, por meio do MT Fomento, através de articulação das Centrais e Atendimento Empresarial (CAE). Hoje, em Mato Grosso são 53 CAEs, conforme o secretário-adjunto de Empreendedorismo e Investimento Leopoldo Rodrigues de Mendonça.
Renda extra
Há quatro meses o dentista Nezer Fares faz pães artesanais sem lactose e sem glúten. O gosto pela gastronomia sempre existiu, porém aflorou ainda mais diante os problemas alérgicos de sua filha de um ano a lactose e proteína do leite.
“Comecei a fazer, os amigos viram e gostaram e comecei a fazer para vender. Hoje, fazer pães já supera a minha jornada de trabalho como dentista. Faço em média de 50 a 60 pães por semana sob encomenda. É uma renda extra”, comenta Nezer Fares que há uma semana faz parte do Economia Criativa.
