O litro do etanol em Cuiabá decolou cerca de R$ 0,30 centavos na virada de 2015 para 2016. É possível encontrar o litro do derivado da cana-de-açúcar em alguns postos na região central da Capital mato-grossense a R$ 2,95. Com o reajuste, o cuiabano está desembolsando R$ 132,75 para encher um tanque de 45 litros. O aumento já era previsto, de acordo com os postos, e a tendência é de novas elevações.

O aumento dos preços dos combustíveis no dia 1º de janeiro já era previsto, revelam os postos de combustíveis. Como o Agro Olhar comentou no dia 31 de dezembro, o governo federal autorizou o aumento do preço médio do óleo diesel. O reajuste é decorrente a atualização da tabela de preços dos combustíveis, o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). A atualização foi realizada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Tal alta de alguma forma impacta nos preços da gasolina e do etanol devido o frete.

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Além do impacto a ser sentido em decorrência ao óleo diesel, o litro do etanol foi reajustado pela Distribuidora da Petrobras em R$ 0,1292 para os postos, segundo informações obtidas pelo Agro Olhar. Já o litro do óleo diesel em R$ 0,0311.

Em Cuiabá, quem saiu de casa no sábado, 02 de janeiro, deparou-se com o litro do etanol variando entre R$ 2,65 (em posto que não haviam reajustado) e R$ 2,95 (postos com reajuste). Na região do Distrito Industrial, em postos na saída de Cuiabá para Rondonópolis, o litro do derivado da cana-de-açúcar varia de R$ 2,54 a R$ 2,69.

Como o Agro Olhar destacou recentemente, em cinco anos, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o salto do preço do etanol em Mato Grosso foi de 43,54% de R$ 2,09 o preço máximo encontrado nas bombas em 2010 para R$ 3,00. Em 2010 era possível encontrar etanol a R$ 1,59 (preço mínimo) em Mato Grosso.

Em 2015 a variação foi de 33,92%, de R$ 2,24 em janeiro para R$ 3,00 em dezembro em Mato Grosso. Já o preço mínimo subiu de R$ 1,82 para R$ 2,24, enquanto o preço médio encontrado nas bombas de R$ 1,98 para R$ 2,60.

Cadeia de produção

Diante os constantes aumentos os postos, em novembro do ano passado, alegaram que por muitas vezes seguraram os reajustes para os consumidores, porém com diversos fatores, incluindo, o custo da energia elétrica, os preços nos últimos meses "decolaram" nas bombas.

Em novembro, como o Agro Olhar destacou, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo)declararam, por meio de nota, que os aumentos dos preços são "consequência" de um efeito cascata da cadeia de circulação dos combustíveis desde janeiro, incluindo elevações por parte da Petrobras nas distribuidoras, o aumento do PIS/Cofins, a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para a gasolina e diesel, além da influência da mudança 'mensal' do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), base de cálculo do ICMS.

Ainda em nota, destacaram que esses sucessíveis aumentos, incluindo da energia elétrica, "refletem uma conjuntura de fatores que vai muito além da vontade dos postos revendedores que, tal como os consumidores, têm sido duramente prejudicados pelo atual cenário econômico nacional".