O feijão é o vilão da vez na mesa dos brasileiros conseguindo superar os campeões tomate e batata. Em média o cuiabano em junho gastou R$ 46,70 com feijão. O gasto é 163% maior que os R$ 17,80 do mês em 2015 e 41% a mais que os R$ 33,20 de maio. O grão, inclusive, foi o grande contribuinte para a cesta básica em Cuiabá saltar 23% na variação anual e 5% na mensal.
Em junho, o cuiabano desembolsou em média R$ 437,40 com os 13 itens considerados essenciais para a alimentação de uma pessoa. O custo é superior aos R$ 354,90 constatados em junho do ano passado e os R$ 415,30 do mês de maio.
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O levantamento é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apresentado em seu Boletim Mensal de Conjuntura Econômica, divulgado nesta segunda-feira, 04 de julho. Segundo o levantamento, ao comparar-se o gasto do cuiabano em 2016 há uma variação de 11,8%.
O feijão é considerado o "vilão" da vez, com destaque para o feijão carioca, a principal variedade consumida pelos mato-grossenses. Como o
Agro Olhar já comentou, a cultura foi uma das que sofreu com as adversidades climáticas na safra 2015/2016, limitando desta forma a oferta do produto nas gôndolas dos supermercados e consequentemente pressionando os preços ao consumidor final.
Recentemente o Governo Federal reduziu a alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) à zero para a importação de feijão de qualquer país pelo prazo de 90 duas. A redução de 10% para zero da alíquota foi aprovada no dia 23 de junho pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), após pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A importação é uma demanda do presidente em exercício Michel Temer.
Demais produtos
A carne por outro lado apresentou na variação mensal queda de 2% e em relação a 2015 um crescimento de 5%. O cuiabano gastou em média R$ 136,50 com as carnes. Já o leite ficou em R$ 24,40, um incremento de 12% no mês e 32% ante o ano passado.
O arroz, assim como o feijão, também sofreu com problemas climáticos. O cereal ficou em média de R$ 9,60 o quilo gasto pelo cuiabano, 43% a mais que em 2015 e 7% que em maio.
A batata apresentou em junho recuo de 1% em comparação a maio, contudo ante junho de 2015 o salto foi de 84%. Já o tomate recuou 12% frente o ano passado, enquanto subiu 12% em relação a maio.
São considerados alimentos essenciais na composição da cesta básica: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga.