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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Governo não descarta retaliação aos EUA por algodão, diz Patriota

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (8) que o governo não descarta a possibilidade de aplicar retaliações ao governo americano pela decisão de suspender os pagamentos ao algodão brasileiro, descumprindo acordo feito no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).


Segundo afirmou Patriota a empresários, em almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro, a decisão sobre a reataliação será tomada nos próximas meses. Aos empresários ele disse que não descarta hipóteses como uma retaliação no âmbito de serviços ou de propriedade intelectual, por exemplo.

Na quarta-feira (7), o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, anunciou em entrevista a uma agência de notícias, que seu país vai suspender os pagamentos mensais ao Brasil referentes à condenação dos EUA no contencioso do algodão na OMC. Em 2010, para que o Brasil não aplicasse sanções anuais de US$ 830 milhões aos EUA, permitidas pela OMC por conta dos subsídios julgados ilegais ao algodão, Washington aceitou pagar US$ 147 milhões por ano ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), criado para gerir os recursos.

Mercosul e UE
Antonio Patriota disse ainda que espera que em um ano, ou pouco mais que isso, seja concluído o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, cujas negociações, segundo disse, foram retomadas com forte apoio da indústria brasileira. Em seu discurso aos emrpesários, ele disse que a partir do dia 15, o Paraguai volta a participar das negociações, embora Horacio Cartes, presidente eleitodo país, que toma posse naquele dia, tenha anunciado que seu governo vai manter sua postura contra o Mercosul. O Paraguai foi suspenso do bloco em 29 de junho de 2012 por conta da cassação do presidente Fernando Lugo pelo Parlamento.

Nessa mesma data, Brasil, Argentina e Uruguai aprovaram a entrada da Venezuela no bloco, que o Senado paraguaio bloqueaa por anos.

"Até o fim de 2013 serão trocadas ofertas melhoradas para avançar na negociação. Ficamos mais fortes economicamente enquanto a UE passa por dificuldades", disse.

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