Acima de tudo, porque os colaboradores são seres humanos, passíveis de pontos fortes e pontos fracos, que se ficarem estagnados com certeza perderão motivação e desenvolverão forte tendência a alicerçar a perigosa zona de conforto. Desta forma, a produtividade e os resultados estarão seriamente comprometidos e os objetivos empresariais ficarão cada vez mais longe.
 
Algumas empresas optam pelo desligamento desses profissionais e abrem novas vagas para preencher essas mesmas vagas na esperança de contratar profissionais que possam proporcionar melhores resultados. Parece ser uma solução, mas se prestarmos atenção que em nosso mercado a mão de obra profissional está cada dia mais deficiente, o recrutamento e seleção de profissionais além de custar caro é uma tarefa árdua e demorada, portanto muitas vezes um "tiro no pé".
 
Em minhas próprias pesquisas e experiência, avalio que é muito mais barato, menos trabalhoso e gera muito mais resultado qualificar a própria equipe do que tentar substituí-la. Mas alguns empresários acreditam que não e fazem justamente o contrário, acabam perdendo bons profissionais para o mercado e para a concorrência e, por fim, absorvendo um prejuízo imenso tanto financeiro quanto em capacidade humana.
 
Em uma época em que o mundo moderno dispõe de inúmeras facilidades proporcionadas pela tecnologia, que inclusive nos remete a acomodação, investir na equipe, principalmente em desenvolvimento humano e intelectual, virou mais que obrigação. Ter programas voltados para a capacitação das equipes têm propiciado resultados extraordinários nas organizações, que já entenderam essa necessidade.
 
Voltando um pouco no assunto desligamento e/ou substituição, outro ponto que quero deixar bem claro é que nas empresas modernas o sentido é totalmente o oposto, há sim a necessidade de manter os profissionais no quadro de colaboradores e atrair cada vez mais talentos externos. Gosto da frase: "Quem está dentro não quer sair e quem está fora quer entrar", um mundo perfeito para empresas que buscam sucesso.
 
Para finalizar, é certo que os programas de treinamento e desenvolvimento são uma estratégia comprovada de sucesso e fidelização de profissionais, porém não devemos esquecer de investir também em qualidade de vida no trabalho, reconhecimento profissional, gestão por desempenho e pacotes de benefícios, este último ainda contempla a vantagem de ser deduzido dos impostos pagos pela empresa.
 
Investir nos colaboradores é o caminho ideal para muitos resultados positivos dentro das empresas, mas é claro invista de maneira inteligente e com muito planejamento.
 

Paulo Slobodzian é CEO – Gente em Foco