Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Opinião

Feira de Ciências

A Escola Estadual Fenelon Muller, vem quebrando paradigmas, não  apenas na questão do ensino-aprendizagem;  como também, no que se refere à matrícula de alguns alunos com necessidades educacionais especiais, que na verdade, acabaram se tornando  carro chefe da escola. Na última sexta-feira dia 28 de novembro, a escola realizou sua Feira de Ciências, o sucesso foi inconteste, não apenas pelos diversos trabalhos apresentados, como também pelo empenho hercúleo do corpo docente e discente, que vestiram literalmente a camisa da escola, e implementaram um trabalho de dar orgulho e inveja a qualquer escola de maior porte. A direção da escola na pessoa da Maria Helena da Silva, contando também, com o aval e acompanhamento pari passu da Coordenadora Maria Benedita de Jesus, que contribui de forma decisiva para realização deste evento, que não se limitou apenas e tão somente a exposição de trabalhos e experiências; como também, conseguiu trazer  alunos e comunidade escolar, para participar deste evento memorável.

Temos também que enaltecer e elogiar a todos os professores, como são tantos, declinaremos os nomes de dois deles: a Professora Maria Floria Conceição e, a Professora Alessandra Andrade da Silva, que além de pedagoga, é interprete de línguas de sinais,  porém este agradecimento e parabéns são  extensivos ao pessoal da limpeza, além de colaboradores anônimos, que de alguma forma ajudaram nesse evento educativo.
Pode parecer fisiologismo, quando mostramos algum tipo de trabalho que é diferenciado dentro do contexto das escolas estaduais, principalmente pelos parcos recursos, além de apresentar uma rede física deficitária, com problemas estruturais latentes; mesmo assim, essas pessoas conseguem literalmente tirar leite de pedra, é isso que realmente engrandece a educação.

Sei que muitos dirão na escola tal acontece isto e aquilo outro, porém a maioria delas tem uma estrutura física e econômica infinitamente melhor do que esta escola, que acolhe pessoas com necessidades especiais, algumas delas, com  poder aquisitivo diferenciado dos demais alunos, e só estão ali, porque seus filhos são acolhidos e tratados como iguais, com um tratamento  pautado no amor ao próximo, isso para essas pessoas, vale muito mais que educação  cognitiva.

Aproveitando esse gancho, a referida Escola Estadual, está fazendo uma campanha natalina muito bonita e consistente, a arrecadação de alimentos não perecíveis, para que sejam distribuídos às famílias  carentes, dos grilos e bairro periféricos.

Nesse particular por questão de justiça, temos que enaltecer a figura da Professora  Marli Souza da Costa, que sai com seus alunos pelo menos duas vezes por semana, pelo CPA I com sol a pino, pedindo alimentos não perecíveis para que sejam distribuídos para quem realmente  precisa. Não pensem vocês, que são as grandes empresas e empresários, que fazem mais doações, muitos deles, não se preocupam com os menos favorecidos pela sorte, quem acaba na verdade doando, são os pequenos comerciantes que sabem e entendem a necessidade dos expropriados do capital.

O Natal é a oportunidade que encontramos para quebrar alguns mitos, com relação ao bom velinho, não temos nada contra ele, embora, o mesmo seja um símbolo do Natal voltado ao  comércio, nas lojas nas compras, dos gastos exacerbados com comidas deliciosas; enquanto isso, outros não têm um pedaço de pão para comer no Natal.

Esta data na verdade, deveria ser voltado à figura do menino Jesus que nasceu em uma manjedoura, na maior simplicidade,  vindo ao mundo para nos salvar, através de uma morte dura, morreu crucificado para nossa salvação, portanto, vamos tentar pelo menos  cumprir  alguns de seus ensinamentos, “amar ao próximo como a ti mesmo”.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo, Professor Idevaldo do Carmo Pereira, é interprete de línguas de sinais. (liciomalheiros@yahoo.com.br)  
 
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