Olhar Direto

Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Opinião

O soco do papa

Quase tão polêmico quanto o ataque islâmico à revista francesa Charlie Hebdo foi a entrevista do Papa Francisco. 

Falando a jornalistas sobre liberdade de imprensa durante sua recente viagem às Filipinas, Sua Santidade disse que tem de haver limites no que tange à liberdade de expressão. 

Ilustrou o seu discurso com a frase que correu o mundo: “se xingar a minha mãe, espere um soco”. 

Dito pelo papa revolucionário, esse conceito metafórico chocou os intransigentes defensores da ampla possibilidade de se falar ou escrever sempre tudo o que se pensa. 

Todo indivíduo, inclusive o papa, tem o direito de se manifestar livremente. Concordar ou não, é também um direito de todos. 

O papa deixou bem claro que é contra a violência em todos os seus níveis e que ninguém está autorizado a matar o próximo, seja qual for a justificativa alegada. 

O que complicou o entendimento da posição papal foi ter colocado como exemplo a mãe, quando a discussão central era sobre liberdade de imprensa. 

Colocar a figura materna em abordagens é típico de estádios de futebol, onde é sempre caluniada a genitora do árbitro. 

Grosseiramente, faz parte do folclore da nossa cultura futebolística e, ao contrário de manifestações racistas, neste caso não há punições. 

Terminada a partida do esporte mais popular do mundo tudo é esquecido pelo juiz do jogo e torcedores. 

No caso do soco, a impressão errônea que ficou é que o papa defende com restrições a liberdade de expressão, o que não é politicamente correto. 

O ato de matar vem dos tempos bíblicos, onde Caim matou seu irmão Abel por motivos fúteis. 

Sempre haverá mortes por assassinatos entre os humanos. O trabalho a ser realizado é o de aperfeiçoar as relações sociais. 

Não é sem motivo que a maior indústria em faturamento seja a de armamentos.

Gabriel Novis Neves
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