A chamada em questão nos remete a uma série de situações. Neste momento, nos reportaremos a um país de dimensões territoriais continentais, com uma área de 8.547.403 quilômetros quadrados, chamado Brasil.

Desde o seu descobrimento em 1500 pelos portugueses, nos tornamos sua colônia, sendo chamado de “Brasil Colônia”, que é anacrônico e meramente indicativo ao período histórico colonial, período negro dá nossa história, nesse período nefasto e vergonhoso, o nosso país, foi dominado e subjugado aos domínios de Portugal, que, tinham como objetivo final, a exploração das nossas riquezas de forma exacerbada, tanto as: naturais, patrimoniais, culturais e históricas, até que exaurisse nossa riqueza; naquele momento, pouco ou nada poderia ser feito.

Somente, a partir de muita luta e determinação, tendo como saldo,  vidas ceifadas. A duras penas,  conseguimos esse intento nossa independência, em 7 de setembro de 1822, com o “Grito do Ipiranga”, em um processo histórico conturbado e melancólico.

  Passaram-se 515 anos do seu descobrimento; em pleno século XXI,  temos a nítida impressão, de que, essa nau, agora brasileira, parece aportar  de novo em nosso território.  Com o passar dos séculos, a mesma, teria se tornado um grande transatlântico, só que agora, trazendo abordo do mesmo, não mais portugueses e, sim brasileiros, com mordomias e pompas a que estes ilustres visitantes tinham direito.

Os tripulantes da nau brasileira do século XXI trazem  arraigados em si, traços marcantes dos nossos descobridores os colonizadores portugueses, principalmente no que tange a honestidade e retidão de caráter;  haja vista que alguns deles, parecem copias fieis dos mesmos, trazendo à tona, ranços oriundos dos nossos colonizadores. Como sei disso? Basta relembrarmos, os últimos acontecimentos envolvendo o poder público, principalmente na esfera Federal, nunca se viu  tamanho  descaso com a coisa pública: malversação de dinheiro público, falcatruas, propinas, lavagem de dinheiro e sonegação, ocasionando escândalos e mais escândalos.

Para não me tornar prolixo, vamos relembrar apenas dos maiores rombos: Máfia dos fiscais, rombo R$ 18 milhões, Caso Mensalão, rombo R$ 55 milhões, Caso Sanguessuga, R$ 140 milhões,  Caso Sudam, rombo R$ 214 milhões, Caso Operação Navalha, rombo R$ 610 milhões, Caso Anões do orçamento, rombo R$ 800 milhões, TRT de São Paulo, rombo R$ 923 milhões, Caso Banco Marka, rombo R$ 1,8 bilhões, Caso Vampiros da Saúde, rombo R$ 2,4 bilhões, Caso Banestado, rombo R$ 42 bilhões.

 Fechando com chave de ouro, a mais vultosa e vergonhosa, sem sombra de dúvidas, foi revelada pela  Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, e que já conta com sete fases, que investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, rombo este que até o momento, contabiliza prejuízo de  R$ 88,6 bilhões.

Pare o mundo, quero descer

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)