Algumas autoridades de ontem, não tão distante de hoje e que ainda continuam autoridades, hoje se enaltecem com as atuais políticas de Estado e forma de governar do então Governador Pedro Taques. Vale lembrar que ainda estamos no mês de julho de 2015, assim, menos de um ano da atual gestão. Não aqui consentindo que o atual governo é o ideal ou não, mas o que ele está fazendo como gestor tem cooptado algumas "autoridades".
 
Pois bem, há pouco tempo algumas dessas autoridades se calavam diante dos desmandos, do mau uso do dinheiro público, das péssimas qualidade de obras públicas, da não conclusão de obras públicas, do enriquecimento injustificável de certas personalidades, do não reajuste salarial de servidores, da não fiscalização, da não punição, da não investigação, da não condenação etc.
 
Por derradeiro, vale lembrar que a legislação do ano passado, retrasado e de algumas décadas ainda não mudou, e ainda continua a fazer efeito. Então, por que "afirmam" algumas autoridades que este é o Governo da legalidade? Ora! A fiscalização administrativa cabe aos Controles Externo e/ou Interno. O primeiro, que se diz independente, como estaria tolhido diante de tudo o que se passou? Pois quase nada fez! Vale lembrar que não só por aquele o erário é fiscalizado. Na prevenção, o legislador também  atribuiu funções às autoridades policiais investigativas civis, ao Ministério Público e à própria Assembleia Legislativa que detém o dever legal e institucional de coibir práticas de crimes contra o erário. Estariam estes também tolhidos?
 
Hoje, ao assistir a qualquer entrevista ou acessar qualquer site vendo algumas reportagens e fotos, eles estão lá! As autoridades de ontem, que não parecem ser as mesmas autoridades de hoje, pelo menos na fala e gestos. Hoje com discursos alinhados, refinados, pautados na legalidade, na moralidade, na probidade buscando uma verticalização com a política do governo e seu perfil legalista. Assim, seriam elas arroz de festa? Ou a última cereja do bolo? Ou a última bolachinha do pacote? Ou popularmente "puxa sacos"?
 
Elvis Crey Arruda de Oliveira - Servidor público e advogado