Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Opinião

Adoção um ato de amor!

A mídia, as redes sociais, no mundo moderno exercem papel preponderante, no que tange a disseminação de informações através de temas transversais, que são importantíssimos para o contexto, de mundo moderno. Mundo moderno este, que está ávido, por ações humanizadas e votadas ao entendimento e necessidade dos seres humanos, que estão à margem da sociedade, principalmente quando se trata de crianças, que foram abandonadas, em orfanatos, vítimas de uma questão social e política, que mata mais do que muitas guerras.
Sempre fui um contumaz combatente e crítico de novelas, independentemente de quais emissoras televisivas elas tenham sido produzidas; por se tratar em sua grande maioria, de subcultura.

Porém, quando a autora, Rosane Svartman e Paulo Halm, e demais colaboradores, usando como referência o filme “Minha Bela Dama”, eternizado pela atriz Audrey Hepburn (19291993), abordando um tema que hoje virou clichê no mundo moderno; a garota pobre que vende flores na rua e, se torna uma celebridade.

Porém o ponto alto da novela a meu ver, não está nessa questão, e sim, quando a autora aborda um tema, que por mais que divulguem, e tentem trazê-lo à tona, existe certa resistência, por parte de pessoas preconceituosas, que conseguem enxergar apenas os seus próprios umbigos, quando o tema é  adoção.
Agora, imaginem vocês, no caso da novela, que a criança é órfã, negra e, portadora do Vírus HIV, as chances de adoção, chegam à zero, embora se trate de uma criança extremamente dócil, carinhosa, meiga, um amor de pessoa.

Sensibilizei-me sim com esses capítulos, que aborda esse tema tão importante, porém poucas pessoas tem coragem de abordá-lo, por vivermos em um mundo, de rótulos, no qual o perfeitamente correto no processo de adoção é o menino: branco, de olhos claros, estereotipado nos padrões do mundo moderno.

Falo isso, porque tenho dois filhos; Bruno Evangelista Malheiros e Vitor Evangelista Malheiros, que são a razão do meu viver, quando eles eram crianças, pelos ensinamentos da minha mãe in memoriam, Ana Maria Pereira Malheiros, eu até tinha vontade de adotar uma criança, porém na época, não estava conseguindo sustentar nem os meus, não tenho vergonha de dizer isso.

Não estou abordando este tema, para dizer que sou bonzinho, que sou perfeito, que sirvo de exemplo; muito pelo contrário, sou um ser humano, cheio de falhas e defeitos, como outro ser humano qualquer. Porém o que busco com este artigo, é na verdade, tentar sensibilizar as pessoas que pensam em  adotar uma criança que o façam, independentemente de cor, credo, estado físico dos mesmos.

E tentar, sensibilizar o poder público, que hoje vive um descrédito total, em função da malversação do dinheiro público, corrupção exacerbada, falta de comando, roubos e mais roubos; estes fatores   acabam desestruturando as famílias, colocando-as em situação de vulnerabilidade social, desta forma, aumentando o número de crianças nos orfanatos.

Pare o mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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