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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Opinião

Festa de Sant’ana Várzea Grande: devoção, fé e religiosidade

Robson Silva / Divulgação


Há 105 anos iniciou em Várzea Grande uma trajetória de muita fé e demonstração de religiosidade em louvor a Nossa Senhora Sant’ana. 

Tudo começou com a gravidez complicada do primeiro filho do casal João Norberto e Ana Francisca de Barros (Donana), Cesínio Barros, que levou João Norberto a implorar pela ajuda da santa, que já era adorada pelos sogros. “Nossa Senhora de Sant’ana, se salvar minha mulher e meu filho, serei grato a ti e seu nome. E milagres celebrarei eternamente”, prometeu, cumprindo enquanto estava vivo e deixando a continuidade recomendada aos herdeiros.  A partir daquele ano até os dias de hoje, entre os dias 17 e 25 de julho tem novena. No dia 26 de julho é celebrada uma Santa Missa e servido um chá-com-bolo. 

                               TRADIÇÃO RELIGIOSA 
Sem perder o sentido maior, que seria o agradecimento e crença nos milagres da santa, tornou-se um evento de confraternização de muitas gerações, crescendo em tamanho e devoção. 

Com a morte do casal João Norberto e Ana Francisca de Barros, os 10 filhos continuaram a tradição religiosa. Vale ressaltar que todos os filhos do casal têm uma filha com o nome de “Ana”, em homenagem à Nossa Senhora Sant’ana. 

Embora a família tenha crescido e muitos tenham mudado para outras localidades mais distantes, a Festa de Santana continua sendo um fator de união e confraternização de todos os membros da família Barros. Mesmo os que moram mais longe, nunca deixam de prestigiar a famosa festa e manter a tradição secular, que está sendo passada de pai para filho. 

Os festejos reúnem cerca de 700 membros dos Barros, que são os filhos, netos, bisnetos e tataranetos de João Norberto e Donana. A grande maioria são moradores de Várzea Grande e Cuiabá.

A invocação e agradecimentos às intercessões de Sant’ana estão presentes em todos os momentos da vida dos Barros, desde doença a concursos e vestibulares, conta Maria José de Barros Silva, da segunda geração. 

Como a festa é custeada integralmente pelos parentes, eles têm como lema que “o que falta Sant’ana intera, e depois lhe devolve em dobro”, como aconteceu em 1911, com João Norberto e Donana.

                                       DIA DA SANTA
No dia Sant’ana (26/07) é lei, nenhum Barros trabalha. “Nós nos reunimos para não trabalhar”, brinca Joaquim de Barros, filho de João Norberto e Donana. “Quem tem comércio ou escritório fecha as portas e quem é empregado falta ao dia de trabalho”. 

* Wilson Pires de Andrade  é jornalista em Mato Grosso
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