Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Opinião

Cuiabá 300

Dias atrás tive a oportunidade de conhecer o Parque das Águas. Realmente me encantou. Fiquei boquiaberto com o que lá vi.

Comecei a imaginar o que li no ano passado na nossa imprensa sobre o Parque das Aguas. Alguns eram totalmente contra a construção dele, alegando que o dinheiro ali gasto (como que investir no bem estar da população é “gastar dinheiro”) deveria ser investido em outra coisa.

Quando vi o que foi realizado ali pelo Prefeito Mauro Mendes, conclui que aqueles que foram contra aquela obra morreram e se esqueceram de deitar. Ainda bem que o então Prefeito “peitou” estes defuntos ambulantes e realizou essa maravilha, pois caso contrario muitos cuiabanos, talvez como gostasse de ver quem contra estava, ainda estaria sentado nas suas cadeiras de balanço na porta da rua. Hoje não, pode levar para este e outrosparques da cidade a sua família para se deliciar de momentos ao ar livre.

Quero sugerir ao Prefeito Emanuel Pinheiro três coisas que perpetuarão sua administração (na minha ótica).
Prefeito Emanuel eu o senhor e milhares de outros cuiabanos não íamos para a Salgadeira para refrescarmosdo nosso sagrado calor. Íamos para a beira do Rio Coxipó, ali mesmo em baixo da ponte de ferro na Avenida Fernando Correa ou na chácara de amigos nas redondezas. Nosso humilde povo, que ganha uma miséria ficaria profundamente agradecido à V. Excia se devolvesse a ele o Rio Coxipó em condições de levar sua família no fim de semana para se deliciarem suas águas, dentro da cidade, e sem gastar nenhum centavo com transporte.

Outra sugestão para os trezentos anos que o imortalizaria seria a transformação donosso Mercado Municipal (da Isác Póvoas) em um mercado parecido com o Mercado Central de Fortaleza, onde nossos artesões poderiamcomercializar seus produtos e onde tenha um andar com umapraça de alimentação com comidas típicas cuiabanas.

A terceira sugestão Prefeito Emanuel, seria o senhor desapropriar uma casa ou uma construção feita com “taipa socada”, protege-la de maneira semelhante como se fez com as ruinas de Vila Bela da Santíssima Trindade, para que daqui a cinquenta ou mais anos, os moradores desta tricentenária capital saibam como nossos antepassados construíram suas primeiras casas.

Nós, eu e o senhor sabemos disso, mas e os jovens do futuro ao lerem ou ouvirem alguém dizer “taipa socada” saberão?

Essas “construções” estãocada vez mais escassas na cidade, pois o progresso as leva de roldão. Ou se faz já, ou não haverá mais tempo.

Tem um único viés minhas sugestões. Não deixar que nossa cultura e nossas tradições, duramente conquistadas por nossos antepassados se percam com o decorrer dos anos.

Coisa de quem realmente ama esta terra!


Eduardo Póvoas é pós-graduado pela UFRJ.
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet