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Sábado, 27 de abril de 2024

Opinião

11 anos sem Bife, maior artilheiro de Mato Grosso

Divulgação

O ex-jogador José Silva Oliveira, o Bife, brilhou no futebol do Mato Grosso vestindo as camisas de Operário e Mixto.
 
Nasceu em Vera Cruz, interior de São Paulo, e faleceu no dia 16 de fevereiro de 2007 aos 57 anos, vitimado por falência múltipla dos órgãos decorrente de uma cirrose hepática.
 
Após ganhar fama em Mato Grosso, transferiu-se para Futebol Clube do Porto e Belenenses, em Portugal.
 
Maior artilheiro do estádio José Fragelli, em Cuiabá, onde marcou 97 gols. Quando morreu estava trabalhando no projeto Bom de Bola, Bom de Escola, onde instruía jovens e crianças e batia uma bolinha nos finais de semana.
 
Seu primeiro time profissional foi o Operário de Várzea Grande. Mas foi no Mixto que ficou conhecido. Pelo Porto, de Portugal, deixou uma marca significativa. Em meia temporada, marcou 14 gols. Contabilizou na carreira mais de 800 gols.
 
Ele veio de Aquidauana (MS) para o Operário de Várzea Grande (MT) em 1971, aos 19 anos. Seu futebol parecia com o do atacante Careca. Só que Bife era mais completo, tinha melhor domínio de bola principalmente no peito.
 
Ele era tão rápido quanto o Juary, craque do Santos FC da época. Mas possuía muito mais técnica.
 
O apelido
 
E por que ele se chamava "Bife? O apelido do craque deu-se quando ele tinha 12 para 13 anos, já era um bom jogador entre a molecada e sua mãe era "marmiteira”, ou seja, ela preparava e entregava 150 marmitas por dia para os soldados de um quartel. E a entrega era em três viagens numa velha camionete de um tio.
 
Bife viajava atrás segurando as marmitas para que a comida não derramasse. Um dia, as marmitas estavam muito cheirosas, ele abriu uma e comeu o bife que ficava em cima do arroz e do feijão. E estava tão bom que comeu 15 bifes.
 
Entrega feita, os soldados, famintos, "sorteados” pela ausência da preciosa mistura, chiaram com o sargento. Na entrega seguinte, o moleque foi "detido” e confessou. A mãe dele não foi destituída do fornecimento, o moleque continuou fazendo as entregas e nunca mais aprontou, mas ficou com o apelido de "Bife! Não é uma maravilha?
 
Wilson Pires de Andrade é pesquisador e jornalista profissional em Mato Grosso.

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