Atuante há 11 anos no planejamento e organização da educação permite comentar com segurança sobre alguns temas, não que seja especialista, mas que dá respaldo em entender a responsabilidade da Educação em fazer seu papel social de inclusão e de formação humana.

Este mês as mídias televisas estão dando destaque a uma série de reportagem sobre a rotina de pessoas com Síndrome de Down, seu desenvolvimento, inclusão escolar e no mercado. Algo que chamou a atenção foi a proposta pedagógica diferenciada adotada por uma escola numa perspectiva de trabalho interessante que envolve os pilares da inclusão em sua prática “família, escola e psicoterapia”, processos fundamentais para o desenvolvimento humano principalmente de uma pessoa com síndrome.

Porém, essas esferas são geralmente trabalhadas de forma particular unilateral, cada um em seu eixo gerando um resultado moroso. Na perspectiva da proposta, vem realizar uma ação conjunta, onde as esferas se unem e interagem “família, escola e psicoterapia” num raciocínio linear, contínuo e em rede, que proporciona discutir estratégias do potencial maior de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down de forma mais eficaz.

Essa proposta fez relembrar trabalho de 03 anos atrás com grupo de especialistas de educaçãode algumas regiões do Brasil na área deadequação do currículo escolar no atendimento a pessoa com deficiência, onde depois de uma semana de calorosa discussão chegou à conclusão que para a Educação exercer seu papel de inclusão e formação humana, não se faz necessário adequação do currículoque seria a delimitação do conhecimento e do potencial da pessoa com deficiência, mas, sim, da proposta pedagógica da escola.

Nesse sentido, imaginemos o currículo como uma trilha de conhecimento que tem sua régua de aferição da aprendizagem, a proposta pedagógica vem como estratégia de execução de forma articulada e conjunta como uma equipe Multidisciplinar de Profissionais principalmente nesse caso, tendo como meta estudar meios e ferramentas que subsidiam o processo de ensino e aprendizagem em seu potencial.

No entanto, ainda temos barreiras para chegar no trabalho de uma proposta e método eficaz do desenvolvimento potencial desse público na rede pública de ensino, infelizmente. A reportagem foi realizada com uma escola particular da região sudeste do Brasil por meio da parceria com a Ong Projeto InclusivaMente que trabalha por mais inclusão e menos diferença.

Gostaria de findar este artigo com seguinte frase utilizado pela Diretora da Escola,“para que haja inclusãoé preciso que aconteça aprendizagem isso ocorre quando a informação se transforma em conhecimento”. Em março celebra o Dia Mundial da Síndrome de Down, objetivo é informar e conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade.


Elizângela Farias, Especialista Metodológica em Educação Corporativa e Educação Superior. E-mail: eliz_farias@yahoo.com.br – LinkedIn: Linkedin/In/Elizangela-Farias – Cuiabá, Brasil.