Que a saúde pública em Mato Grosso não anda nada bem não é novidade. O que mais vemos nos noticiários são hospitais, médicos e enfermeiros declarando greves atrás de greve. Ora por atraso em salários, ora por atraso nos repasses e até mesmo por falta de insumos.
E qual seria a solução? Construir mais hospitais, melhorar os hospitais que já temos, investir em equipamentos, contratar mais funcionários? Acredito que todas essas opções são válidas, no entanto, soluções paliativas, logo o caos retorna.
Costumo dizer que o hospital melhor é aquele que está mais próximo do cidadão pronto para atender e dar o suporte que o paciente precisa.
Quando digo próximo, não é aquele que mora em Alta Floresta e precisa ser transferido para Cuiabá a 799 quilômetros, pois as unidades de saúde na cidade não dispõem de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Essa semana conversando com um amigo sobre a saúde, ele me contou que um jovem sofreu um acidente de moto em Alta Floresta perfurou o pulmão e precisava de uma UTI, como na cidade não tinha foi encaminhado para Sinop, cerca de 5 horas agonizando dentro de uma ambulância. Ao chegar em Sinop também não tinha vaga e teve que ser transferido para Cuiabá, mais 6 horas de viagem. Resultado, o rapaz morreu na porta do Pronto-Socorro.
Cuiabá pode ter o maior hospital, mas sempre ficará lotado se a saúde nos mais de 140 municípios em Mato Grosso não for melhorada.
A falta de prioridade de alguns gestores faz com que o cidadão pereça de cuidados essenciais como a saúde. Não adianta um grande hospital que fique a muitas horas de distância das pessoas necessitadas.
Por isso, um dos meus projetos como candidato a deputado estadual é a descentralização da saúde na capital, investindo nos hospitais regionais.
Eduardo Magalhães é candidato a deputado estadual pelo PRB.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.