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Domingo, 02 de junho de 2024

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depoimento à polícia

Desembargadora continuou conversando com estelionatários para tentar reaver R$ 45 mil perdidos em golpe no WhatsApp; veja vídeo

Foto: TRE-MT

Desembargadora Maria Helena Póvoas

Desembargadora Maria Helena Póvoas

A desembargadora Maria Helena Póvoas, do Tribunal de Justiça (TJMT), disse em depoimento à Polícia Civil que estava com a sua atenção desviada quando mandou R$ 45 mil, em quatro transferências PIX, a golpistas que estavam se passando pelo filho dela. A magistrada ainda explicou que após ter percebido que havia caído em um golpe, ainda continuou conversando com os criminoso na tentativa de bloquear o valor repassado.


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A oitiva foi presidida pela delegada Elaine Fernandes, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG). A desembargadora confirmou que os criminosos se passaram pelo filho dela e que eles tinham informações privilegiadas. De acordo com a equipe de investigação, a suspeita é de que os golpistas tenham hackeado o filho da magistrada para ter informações precisas.
 
“Eu estive recebi um telefonema com o nome do meu filho com a foto e o nome dele, mas o número não era o mesmo. O meu filho de fato saiu de casa para comprar um automóvel e parece-me que essas pessoas estavam bem informadas, porque ele me relatou que ele não estava falando comigo (pelo número antigo) porque ele tinha que comprar um aparelho às pressas para poder fazer o pix ao gerente da agência de automóvel e que esse aparelho estava com defeito”, contou Maria Helena à delegada.
 
A denúncia foi feita pelo assessor da desembargadora. O homem informou que no dia 6 de maio, a desembargadora recebeu uma mensagem no Whatsapp de um homem que se identificava como o filho dela pedindo pix no valor R$ 12 mil para realizar a compra de um carro.
 
Na sequência, o contato passou a chave PIX para a desembargadora realizar a transferência do valor e disse que se tratava da conta do gerente da concessionária. A vítima, acreditando ser seu filho, realizou a transferência no valor de R$ 12 mil. Na sequência, o mesmo número de telefone entrou em contato novamente e pediu o valor de R$ 9 mil para a mesma chave PIX. A magistrada novamente realizou a transferência.
 
No mesmo dia, mas no período vespertino, o contato voltou a mandar mensagem para a vítima e solicitou agora o valor de R$ 2 mil, novamente para a mesma chave PIX. Mais uma vez, a desembargadora encaminhou o valor. Só no dia 6 de maio, Maria Helena sofreu um golpe de R$ 23 mil.
 
No dia seguinte, 7 de maio, na parte da manhã, o mesmo número entrou em contato com a vítima e mandou a foto de uma suposta Transferência Eletrônica Disponível (TED) no valor de R$ 45 mil em que ele supostamente teria realizado para a conta da vítima. Na sequência, o criminoso se passando pelo filho da desembargadora escreveu: "Mãe, enviei esses R$ 45 mil para pagar os R$ 23 mil de ontem, e você me manda os vinte e dois mil reais que sobrarem". Logo depois, o estelionatário pediu que a vítima enviasse um pix no valor de R$ 22 mil para a pessoa de Kálita Karine Souza Pereira. Maria Helena novamente acreditou na farsa do criminoso e transferiu o pix no valor de R$ 22 mil.
 
À autoridade policial, a desembargadora explicou que ao perceber que havia caído no golpe tentou reaver o dinheiro ao pedir para que a sua unidade bancária bloqueasse o valor transferido.
 
“Eu estava no Tribunal de Justiça atendendo pessoas e fiquei realmente desviada da minha atenção o que foi motivo bastante para que esses meliantes pudessem se aproveitar dessa situação minha de descuido. Nesse descuido, eu acabei mandando a remessa de um valor mais baixo.
 
Logo que eu enviei me toquei que era golpe e quando eu me toquei eu ainda tentei ficar conversando com os meliantes como se estivesse ainda acreditando na sua versão dos fatos e pedi a um assessor para ligar ao gerente de banco para tentar bloquear esses valores”, completou a magistrada.
 
As prisões
 
Três pessoas foram presas pela Polícia Civil. Kálita, Lucas Wincler da Trindade Lima e Jônathan Kenid Marques Aprigio. Eles estariam envolvidos nos crimes. Um inquérito policial (IP) foi aberto pela Derf-VG para investigar o crime.

Veja vídeo:

 
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