A quadrilha investigada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), durante a operação Dublê, deflagrada nesta quinta-feira (5), pode ter ligações com a organização criminosa paulistana Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com o coordenador do Gaeco, Paulo Prado, um dos membros da quadrilha pode fazer parte do PCC.

No entanto, o Gaeco não tem provas de que este membro passou pelo ritual de entrada na facção criminosa. Isso porque para se tornar membro do PCC, o criminoso precisa passar por um rito de iniciação. Ele deve ser apresentado por um membro da organização e tem de ser “batizado”, além de cumprir um estatuto com dezesseis itens.

As investigações da operação resultaram no pedido de 14 prisões preventivas, mas a justiça decretou apenas quatro. Francisco Alcides de Farias (Paraíba), Loidemar Silva Landefeldt (Nico), Salvador Ferreira de Jesus Júnior e Miguel Arcangelo Ferreira de Jesus foram presos pelo esquema que consistia na compra e revenda de carretas roubadas.

O grupo comprava as carretas roubadas e colocava chassis de veículos batidos, depois “legalizava” a situação do veículo no Detran. De acordo com o Gaeco, a facção adquiria os veículos roubados por um valor de aproximadamente R$ 25 mil e os sinistrados por uma faixa de R$ 70 mil. Além de vender algumas peças que somavam um montante de R$ 30 mil, a quadrilha revendia a carreta ‘montada’ por valores que alcançavam R$ 200 mil.

De acordo com o promotor Arnaldo Justino da Silva, os assaltantes das carretas usavam métodos violentos contra as vítimas. Paraíba era o responsável por coordenar os ladrões do esquema. Loidemar, proprietário da transportadora Buriti, é apontado como um dos chefes da quadrilha. Salvador Ferreira e Miguel Arcangelo eram auxiliares de Loidemar.

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