O jovem de 18 anos acusado de matar o dançarino Paulo Medina deu pelo menos duas versões diferentes à polícia sobre o crime. Uma, ao ser abordado na rua, quando andava todo ensanguentado, e outra durante depoimento, concedido nesta manhã (15).
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Rhuan Costa Neres foi preso em flagrante e confessou ter assassinado com golpes de canivete o bailarino Pedro Paulo Gois Medina na noite de domingo (14), por volta das 23h30, no bairro Boa Esperança.
Na versão concedida à polícia durante o depoimento na delegacia, o suspeito afirma que estava sozinho com Paulo Medina na casa da vítima e que ficou com medo quando ele [Medina] lhe pediu para tirar a roupa. Nesse momento, ele teria utilizado um canivete que carregava e desferiu vários golpes em Paulo.
De acordo com um dos policiais militares que registrou a ocorrência, Rhuan confirmou ter mantido relações sexuais com o dançarino, mas alegou que iniciou as agressões por se recusar a ser passivo. No entanto, quando o suspeito foi encontrado na rua pelos policiais, ele declarou que agiu em legítima defesa, pois o bailarino teria tentado matá-lo.
O caso
Consta do Boletim de Ocorrência que, por volta das 23h40 de domingo, o carro de polícia que fazia rondas nas proximidades do local foi informado, via Ciosp, de uma ocorrência em uma residência em frente à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Ao se encaminharem para o local do crime, os policiais se depararam com Rhuan andando na rua todo ensaguentado. O rapaz levou os policias até a residência de Paulo Medina que foi encontrado caído ao chão da área de sua residência sangrando.
Medina ainda estava vivo no momento em que a PM chegou à sua casa. Como o portão estava trancado, foi preciso arrombar para que o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) prestasse atendimento, ele foi encaminhado ao Hospital Pronto-Socorro de Cuiabá (HPSMC).
Ainda, de acordo com o boletim de ocorrência, o chão e as paredes da casa estavam todas sujas de sangue. No local, foram encontrados o canivete usado no crime e o celular de Rhuan.
Paulo Medina não resistiu aos ferimentos e faleceu nesta manhã (15), no Hospital de Pronto-Socorro de Cuiabá. Ele tinha 44 anos e era um dos maiores dançarinos contemporâneo do Estado. Rhuan foi encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio Carumbé.