Ações visando minimizar os riscos de conflitos entre integrantes de facções criminosas, assim como vistas nos últimos dias no Amazonas e em Roraima, estão sendo adotadas pelo Governo de Mato Grosso. Medidas adotadas impediram mais de 50 mortes de detentos das unidades prisionais do Estado, além de atentados contra os profissionais de segurança que se tornaram alvo das facções criminosas que atuam em todo o país.
O planto de contingência contou com ações de inteligência, prevenção e controle. Tais ações fazem parte de uma determinação do Governador Pedro Taques após os conflitos entre facções criminosas registrados no Amazonas e Roraima.
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No sábado, 07 de janeiro, dados da operação e medidas a serem adotadas na segurança pública de Mato Grosso foram discutidas entre o Chefe do Executivo e os secretários de Segurança Pública, de Justiça e Direitos Humanos e da Casa Militar.
De acordo com o secretário de Segurança, Rogers Jarbas, o sistema de segurança pública de Mato Grosso "está em alerta máximo e executando um plano qualificado de ações para minimizar os riscos de conflitos entre integrantes de facções criminosas, dentro e fora das unidades prisionais".
Conversa com ministro da Justiça
Durante a reunião neste sábado com o os secretários de Segurança Pública, de Justiça e Direitos Humanos e da Casa Militar, o governador Pedro Taques conversou por telefone com o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Na ocasião Taques informou ao ministro as medidas já adotadas por Mato Grosso para evitar mortes decorrentes da guerra entre facções.
Taques ainda reivindicou mais equipamentos para reforçar o aparato existente de contenção.
Hoje, o sistema prisional de Mato Grosso possui 56 unidades. Ao todo são 11.372 detentos, dentro dos quais 41% são presos provisórios.
Uma nova reunião, ampliada desta vez, deverá ser realizada nessa semana envolvendo o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso e representantes das faculdades de Direito. O objetivo da reunião é formar uma força-tarefa para analisar a situação dos presos provisórios e também a progressão de pena dos detentos já condenados, com o objetivo de liberar mais vagas no sistema prisional.
Ainda na reunião deste sábado, foram debatidas medidas para a ampliação das vagas no sistema prisional, além do status das obras de construção das novas unidades prisionais de Várzea Grande, com 1.008 vagas, e de Peixoto de Azevedo, com mais 250 vagas.
