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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Ostentava luxo

Auto intitulado "Show Man", líder de quadrilha de roubo a banco promoveria mega festa de aniversário

Foto: Reprodução/Facebook

Auto intitulado
Apontado como um dos líderes da quadrilha de roubo a banco desarticulada nesta quinta-feira (4), Gilberto da Silva Brasil, assim como os outros membros, ostentava uma vida de gastos e viagens em suas redes sociais. Auto intitulado como “Showman”, ele exibia no Facebook os frutos do crime em passeios de lancha, helicóptero, carros de luxo e passagens por destinos como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Em uma de suas últimas publicações o acusado divulga o evento “Almoço do Time”, oferecido em comemoração ao seu aniversário.


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A festa seria realizada em uma conhecida casa noturna da região do CPA, onde a maioria dos criminosos foi detida, e contaria com seis atrações entre bandas, DJ e duplas sertanejas. De acordo com o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Luiz Henrique Damasceno, atividades do tipo eram parte da rotina do grupo. “Ele queria comemorar o aniversário, mas agora vai ter que comemorar na PCE”, afirma.

Agora, Gilberto passa a ser investigado também pelo crime de lavagem de dinheiro, cometido na tentativa de camuflar a origem ilícita dos bens. Durante os seis meses nos quais foi investigado, seu bando causou prejuízo de pelo menos R$ 5 milhões, tendo sido confirmados até o momento três assaltos às agências. Contudo, a suspeita de que 10 unidades bancárias tenham sido alvos das ações. “Não sabemos exatamente quando eles começaram a atuar, temos postagens no carnaval do Rio de Janeiro do ano passado, mas ainda precisamos dos depoimentos de todos”, diz o delegado.

O titular do GCCO, Diogo Santana explica que Gilberto dividia o comando e os lucros dos assaltos com Marcus Vinicius Fraga Soares, preso no Mato Grosso do Sul. Juntos ambos integravam o chamado “núcleo duro” da quadrilha, composto por membros fixos que distribuíam entre si a maior quantia do dinheiro. Outros envolvidos tinham participações pontuais, como freelancers. No total, 17 pessoas faziam parte do grupo, ao qual chamavam de “família”.



Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, Diogo também contou que a as ostensivas publicações nas redes sociais foram um dos elementos que chamaram a atenção da Polícia, dando início às investigações. “Nenhum deles possuía atividades que possibilitassem renda pra esse nível de gastos. É um padrão de vida exorbitante, pra manter isso seriam cerca de R$30 ou R$ 40 mil reais por mês.”

Os quatro ladrões foragidos estão com uma espécie de maleta capaz de desarmar alarmes ou equipamentos de fibra óptica. O material seria utilizado tanto em Mato Grosso, quanto em outros Estados, para onde a quadrilha também estendia sua atuação, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rondônia. Até o momento, além de carros como um Corolla e um Vera Cruz, foram apreendidos diversas ferramentas utilizadas no roubo e pen-drives. “Todos eles são daqui, infelizmente estamos exportando isso.”

A Operação 

As ordens de prisão seguidas de busca e apreensão estão sendo cumpridas por equipes de mais de 70 policiais civis, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Poconé (104 km ao Sul). A ação conta com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), da Secretaria de Segurança Pública.

Todo o trabalho de investigação contou com a colaboração da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e das Delegacias Especializada de Roubos e Furtos (Derf's), de Várzea Grande e Rondonópolis e Sistema Prisional, por meio da direção da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (Mata Grande) de Rondonópolis.

Alguns dos alvos tiveram mais de um mandado de prisão decretados pela Sétima Vara Criminal e também pela Vara Criminal da comarca de Poconé (104 km ao Sul), em três inquéritos, sendo o primeiro referente ao roubo ao Banco do Brasil, da Avenida Pernanbuco, bairro Morada da Serra II, em 13 de novembro de 2016; o segundo do furto qualificado ao banco do Brasil de Poconé, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2017, e o terceiro inquérito que o crime de organização criminosa.

Os bandidos promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme de  bancos da capital e do interior. Uma vez dentro subtraiam valores dos cofres. As ações foram praticadas, geralmente, aos finais de semana, deixando um rastro de destruição nas instalações físicas das agências e a população sem os serviços bancários.
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