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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Passou por cirurgia

Cachorro é atacado por Jacaré em parque de Cuiabá; homem conseguiu puxar cão; fotos

Foto: Arquivo Pessoal/Sargento Vidal

Cachorro é atacado por Jacaré em parque de Cuiabá; homem conseguiu puxar cão;  fotos
Um cachorro escapou da morte na última quarta-feira (10), em Cuiabá. O animal estava perambulando na Lagoa Encantada, quando foi atacado por um jacaré. Um senhor que passava pelo local conseguiu puxá-lo pela perna e salvou o cão, que passou por cirurgia e passa bem. Ao todo, foram três fraturas em uma das patas. Três pessoas já se dispuseram a adotar o pequeno.


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“O cachorro estava andando pela Lagoa Encantada e na beira da água. De repente o jacaré apareceu e mordeu a pata dele. Quando estava puxando para dentro da lagoa, um senhor que estava caminhando conseguiu salvar o animal e puxou pela outra pata. Ele teve três fraturas em uma das patas e dilaceração”, disse ao Olhar Direto o sargento Vidal, protetor de animais.
 
O animal foi socorrido até uma clínica veterinária e passou por cirurgia. Por sorte, ele passa bem, mas terá de continuar a tomar medicação durante 15 dias: “Estávamos procurando um lar para ele, mas três pessoas já se dispuseram a adotá-lo. Vou fazer a visita na casa da primeira ainda hoje, para ver se tem condições de criar, se estiver tudo bem, ele ficará por lá”.
 
O sargento ainda alerta para os donos tomarem certos cuidados ao passear pelos parques: “Tem que levar o cachorro na coleira. Eles são curiosos e se avistarem algum bicho, vão ir perto, correr atrás. Na segunda, os cachorros de uma senhora quase foram atacados por uma iguana. Há alguns meses, uma capivara chegou a morder um cachorro. Os animais acabam fazendo isto na tentativa de se defender”.
 
“Também é preciso ficar de olho nas crianças que frequentam este parque. É muito perigoso elas ficaram do lado da água ou em locais sozinhas. Um jacaré é muito rápido, ele chega e te atacada e você nem vê. Não sei quem alimenta estes bichos, eles podem fazer isto também porque estão com fome. A prefeitura tem de ver esta questão”, argumento o sargento.
 
Outro cachorro, um filhote, também foi encontrado sozinho na lagoa: “Mas esse ai uma pessoa que estava passando por lá pegou e levou para casa, adotou. Não quero pedir nada, não aceito dinheiro como doação. Tem muitas pessoas que estão querendo tirar proveito disto. Se quiser comprar ração de qualidade e me ligar para buscar, para que eu leve para o abrigo, eu aceito. Mas ajudo como posso, não fico pedindo”. O sargento tem uma página no Facebook.

Reclamações

Assustados com a presença de jacarés no Parque das Águas, frequentadores têm debatido sobre a segurança e cobrado medidas de proteção no local. Embora não sejam tão agressivos os Caiman yacare, nome científico dos animais da região, podem atacar em alguns casos específicos, como a perturbação de filhotes.  Diante disso, a recomendação profissional é que placas com avisos e, talvez uma tela de isolamento sejam instaladas ali para prevenir acidentes.

No Facebook uma internauta expressou sua preocupação. “O Parque das Águas, aqui em Cuiabá, foi inaugurado em dezembro de 2016. Nenhuma placa de aviso sobre os animais que estão lá. A Sofia tem apenas dois anos e aquilo ali que ela está apontando é um jacaré. Se ela curtiu ver? Adorou. O jacaré vai ser atração até algo ruim acontecer”, diz a postagem.

Ao Olhar Direto, o zoólogo, docente do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso (IBUFMT), Felipe Franco Curcio, afirmou que os jacarés do Pantanal, provavelmente os que habitam o parque, muitas vezes se acostumam à presença humana. Sendo assim, dificilmente atacam pessoas sem motivo específico, como por exemplo, a perturbação dos filhotes, que são ativamente protegidos pelas fêmeas.

Para a prevenção de acidentes potenciais ele sugere o isolamento, com uma cerca de tela, por exemplo, de uma área perto dos corpos d'água que impeça a aproximação excessiva de transeuntes e curiosos. A ação impediria também o contato de algum animal de maior porte que se afaste da água e adentre áreas do Parque onde as pessoas (especialmente crianças) possam frequentar sem imaginar que um destes répteis possa estar ali.
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