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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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“Fazer cirurgia plástica na Bolívia é assumir um risco que talvez não se tenha no Brasil”, diz cirurgião cuiabano

Foto: Fabiana Mendes

“Fazer cirurgia plástica na Bolívia é assumir um risco que talvez não se tenha no Brasil”, diz cirurgião cuiabano
Diante do grande número de mulheres que saem da capital cuiabana rumo à Bolívia no intuito de conseguir cirurgias plásticas mais baratas, o cirurgião plástico cuiabano  Benedito Figueiredo faz um alerta. “Fazer cirurgia plástica na Bolívia é assumir um risco que talvez não se tenha no Brasil”, disse ele em entrevista exclusiva ao Olhar Direto. Para o médico, nem sempre o mais barato  é garantia de sucesso.


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Pela internet, a esteticista Larissa Oliveira Siqueira, de 31 anos, procurou pelos melhores cirurgiões da Bolívia. Fez avaliação e orçou uma lipoaspiração e implante de prótese de silicone, tudo por redes sociais. De ônibus e sozinha percorreu mais de um mil quilômetros até a cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O valor cobrado pelo médico foi de R$ 5 mil.
 
Foi exatamente uma semana entre a saída da capital para outro país, até a volta, já operada.  

A esteticista relatou que recebeu todos os cuidados de enfermeiros e médicos no hotel onde estava hospedada. “Eu fiquei hospedada em um hotel onde recebi todos os cuidados. Uma enfermeira enviada pelo próprio médico cuidava de mim e de outras meninas que também haviam sido operadas”, relatou ao Olhar Direto.
 
“Eu fiquei quatro dias em observação até que o médico notou que os pontos estavam cicatrizando e então me deu alta e eu voltei de ônibus”, conta.
 
Atuando há 14 anos na especialidade o médico pondera que fazer uma cirurgia em outra cidade ou estado e, logo em seguida, voltar para sua casa seja de ônibus ou avião, não é recomendável para o pós-operatório.
 
O médico Benedito destaca que os cuidados pós-operatórios são imprescindíveis não só em cirurgia plástica, mas em qualquer outra.

“Cada corpo precisa de um tempo para se recuperar, porém, entende-se que uma pessoa saudável se recupere em cerca de 30 dias de uma cirurgia, cabe ao médico dizer o que é melhor para cada paciente”.
 
Todavia, não são todos os médicos que orientam desta forma. Foi o que aconteceu com a esteticista Larissa. No entanto ela não teve nenhuma complicação.
 
Embora a esteticista tenha se recuperado sem nenhuma complicação, o mesmo pode não acontecer com outras pacientes.
 
A discussão sobre a realização de procedimentos na Bolívia veio à tona com a morte da  servidora pública Janeane Rodrigues da Silva Fidelis Klug Cresqui, de 42 anos, que faleceu no último dia 23, na Bolívia, após ser submetida a uma cirurgia de lipoaspiração.

A orientação dada pelo médico é que os pacientes procurem se informar a respeito do cirurgião que se pretende operar. Outra dica é procurar um médico de confiança da família.   
 
Preços baixos
 
Conforme apurou o Olhar Direto, uma cirurgia de implante de silicone e lipoaspiração custa em média R$ 5 mil. Já em Cuiabá, somente o implante de uma prótese de silicone não sai por menos de R$ 12 mil.
 
Atraídas pelos preços baixos, muitas mulheres vão juntas até a Bolívia. Existem também agenciadoras que atraem pelo Facebook pacientes que buscam melhorar a autoestima. 

No Brasil, uma consulta com um cirurgião custa em média R$ 300, enquanto nas clínicas de Santa Cruz de La Sierra, tudo é feito via Whastapp. Outra ‘modernidade’ adotada pelas clínicas é o ‘pacotão’ de cirurgias. Pagando por duas cirurgias, a paciente ganha uma terceira de brinde. 
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