Familiares da idosa Izabel Vieira Tsutihashi, de 60 anos, que foi encontrada no domingo (11), já sem vida, no Instituto Médico Legal (IML), afirmam que foi sacado um valor de R$ 700 da conta da vítima no Banco do Brasil após o seu desaparecimento. O caso segue ainda com muitas dúvidas.
A filha de Izabel, Érica Keing Tsutihashi, disse que recebeu uma ligação de uma delegada que estaria responsável pelas investigações logo após a mãe ter sido encontrada, no entanto a Polícia Civil disse que não havia sido informada sobre a morte e apenas na quinta-feira (15) as investigações foram iniciadas.
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Após desaparecer, idosa é encontrada morta com pescoço e nariz quebrados
De acordo com Érica, Izabel saiu de casa no último dia 10, por volta das 16h30, para encontrar alguns conhecidos e “resolver um negócio”. A idosa morava com a filha e a neta no bairro Marajoara em Várzea Grande. Érica disse que insistiu para que a mãe fosse de ônibus ou que levasse o celular, por segurança, no entanto ela se negou.
“Ela falou que voltava até umas 18h, mas aí o tempo foi passando e ela não aparecia. Aí nós começamos a procurá-la, fomos no Pronto Socorro, mas não a encontramos. Falaram para nós que deveríamos esperar 24h, aí no domingo procuramos a delegacia, fizemos o registro do desaparecimento e depois um vizinho falou que poderíamos ir no IML, e lá encontramos ela”, disse a filha.
Ás 11h do domingo (11) a filha encontrou Izabel no IML e o corpo foi liberado já por volta de 00h de segunda-feira (12). De acordo com a filha, o laudo da perícia apontou que a causa da morte pode ter sido por tombo da bicicleta, no entanto ela não acredita nesta versão, já que a mãe tinha vários ferimentos no rosto, estava com o nariz e também o pescoço quebrados.
Além disso, na segunda-feira (12), dia do enterro, a família percebeu que foi sacado o valor de R$ 700 da conta de Izabel no Banco do Brasil.
Érica ainda disse que uma delegada, identificada como Dra. Nair, entrou em contato com a família para dizer que estaria cuidando do caso, logo após terem encontrado a idosa. No entanto a Polícia Civil informou que não havia sido informada sobre a morte de Izabel em nenhum momento.
De acordo com a PJC, há apenas um boletim de ocorrências registrado sobre o sumiço da idosa, mas que não foi acionada para fazer a liberação do corpo no IML e que apenas nesta quinta-feira (15) foram iniciados os procedimentos, como a solicitação do laudo da perícia, para investigar a morte de Izabel.
Os filhos de Izabel, dois deles que não moram no Brasil, agora esperam que as apurações prossigam e estão dispostos até em permitir a exumação do corpo da mãe para que a polícia investigue.
“O que nós queremos agora é que seja investigado, que encontrem uma solução, o motivo, e que a Justiça seja feita”, disse Érica.