Kelves Gonçalves da Silva (Kelvinho), de 28 anos, morto na madrugada desta terça-feira (27), em confronto com a polícia, pode estar envolvido nas decapitações que foram filmadas e divulgadas nas redes sociais nos últimos dias. O rapaz participou do sequestro da empresária Milene Eubank e baleou o investigador da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), Sidney Ribeiro dos Santos. Além disto, tinha uma extensa ficha criminal.

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De acordo com o delegado Diogo Santana, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Kelvinho – que era procurado desde novembro do ano passado, quando a empresária foi sequestrada – pode ter envolvimento nos vídeos de decapitações que vêm sendo divulgados nas redes sociais, onde bandidos realizam verdadeiros ‘tribunais do crime’.

Por já ter dacapitado um mototaxista anteriormente e pelas características físicas observadas dos criminosos nos vídeos, o delegado afirma que há a suspeita de que Kelves pode ter participado da ocorrência, no entanto, isto ainda deve ser investigado.
 
Em um dos vídeos, o mototaxista que transportou a grávida Viviane da Silva Ângelo, de 18 anos, encontrada morta com requintes de crueldade, é interrogado e conta que buscou a jovem no dia de seu desaparecimento e que ouviu ela recebendo uma ligação de um homem chamado “Matheus”. Quando chegou ao destino da jovem, ele contou que foram abordados por um homem conhecido como “zulu”.
 
Ele ainda disse que não contou a verdade antes por medo de que sua filha, ou ele mesmo, fossem assassinados. Já em outro vídeo, um homem vestido com as mesmas roupas do mototaxista é decapitado por um suspeito encapuzado.
 
Em outro vídeo, um homem de bermuda preta, amarrado, é interrogado supostamente pelo mesmo grupo. Ele confessou ser o mandante do crime e que apenas ele e “zulu” sabiam do caso. O homem também contou que sua motivação foi ciúmes.
 
Ao final ele ainda fala que sabia que o filho de Viviane não era seu e que também não tinha condições de cuidar de uma mulher como ela. Um homem com bermuda preta também foi decapitado.
 
Ficha Criminal
 
Kelves Gonçalves da Silva (vulgo “Kelvinho), de 28 anos, possui extensa ficha criminal por roubo e seqüestro. Já residiu na Penitenciária Central do Estado, onde cumpriu pena em 2012, porém foi solto em 08 de agosto de 2015. A suspeita é que ela seja membro da facção Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT).
 
Kelvinho, segundo a PJC, é suspeito de degolar também na data de 08 de agosto, porém deste ano, o taxista Douglas da Silva Dantas, de 34 anos. A vítima foi encontrada morta nas proximidades da lagoa do Aterro Sanitário do Barreiro Branco, em Cuiabá. O corpo estava amarrado e apresentava sinais de perfurações de faca.

Morte em confronto

Kelves Gonçalves da Silva (Kelvinho), de 28 anos, foi morto na madrugada desta terça-feira (27), após confronto com a polícia. Além de Kelves, também morreu no confronto Jean Pierre de Oliveira.

De acordo com o delegado Marcelo Torhacs, cerca de 15 prisões foram efetuadas até chegarem em Kelves.

"Levantamento já vinha ocorrendo há mais de três meses, com algumas incursões não bem sucedidas, não conseguíamos localizá-lo. Localizamos até pessoas que deram apoio para ele, realizamos algumas prisões, mais de 15 pessoas e hoje foi possível localizá-lo em uma casa no Jardim Vitória juntamente com o Jean Pierre que estava dando guarida. Eles estavam em posse de duas armas de fogo de poder acentuado e resistiram no momento em que receberam voz de prisão, houve necessidade do emprego da força, acabaram sendo alvejados e apesar de socorridos vieram a óbito"

Kelves é acusado de atirar contra o investigador da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), Sidney Ribeiro dos Santos e de sequestrar a empresária Milene Eubank. 

O acusado de atirar contra o policial civil estava com uma submetralhadora. Kelvinho não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). O comparsa dele, que ainda não teve o nome divulgado, também veio a óbito.