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Sábado, 01 de junho de 2024

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Com parceiros de sempre,Tim Burton cria uma 'Alice' infantil

O diretor Tim Burton percebeu que “Alice no país das maravilhas” é uma obra sobre o tempo e aproveitou a oportunidade de filmá-la para fazer uma homenagem ao livro que muita gente conhece e quase ninguém leu. Um tributo ao longa-metragem de animação da Disney, com a sua menina de cabelos louros e vestido azul.


Ou uma espécie de filme de fã, em que ele imaginou o que aconteceria caso Alice voltasse para o país daquele gato de sorriso largo, além do coelho sempre atrasado e da lebre assustada, misturado com os gêmeos que discordam sobre qualquer assunto, ou o assustador Jaguadarte, que aparecem apenas em “Alice através do espelho”, também do escritor Lewis Carroll.

Para filmar sua versão – que estreia nesta sexta-feira (23) –, Burton, diretor de filmes como “Edward mãos de tesoura”, “Batman” e “Peixe grande”, chamou a sua trupe de atores preferidos. O eterno parceiro e espécie de alter-ego cinematográfico Johnny Depp faz um chapeleiro racionalmente louco e sentimental – que ganhou um espaço e uma importância que nunca teve. A mulher de Burton, Helena Bonham Carter, interpreta uma rainha vermelha com problemas com a própria cabeça – e que quer cortar outras por conta própria. Para incrementar o elenco, Anne Hathaway faz a boa rainha branca, e a ótima aposta Mia Wasikowska, o papel título.

O resto é animação. Em 3D, inclusive. Mas se não contassem na propaganda, quase não daria para reparar. É claro que, com os óculos especiais, em algumas cenas vemos os personagens e cenários para fora da tela. Mas esses efeitos especiais não parecem tão essenciais como são em, por exemplo, “Avatar”.

Mesmo humor nonsense, mas com trama diferente
Vemos Alice grande, já adolescente, mas ainda com um humor nonsense típico da infância – e de Carroll. Alice começa a perseguir o coelho de colete no momento em que teria que decidir se casa ou não com um rapaz sem graça – assim, ganha um pouco de tempo para dar a resposta.

Já no mundo maravilhoso, que agora ela descobre se chamar de “país subterrâneo”, ela passa por situações surpreendentes até saber que poderia ser a responsável por acabar com o domínio da malvada rainha vermelha. Alice tem que acreditar em si mesma para poder combatê-la.

É com essa trama messiânica que Burton sustenta seu filme por mais de duas horas. Mas o problema do filme não é o tempo de duração, mas a faixa etária para qual ele está destinado: os muito jovens. Ainda assistimos a típicos momentos sombrios que só Burton sabe fazer, como quando Alice deve atravessar um fosso pisando nas cabeças cortadas pela rainha má. Mas, apesar do extremo cuidado com cada cena e diferentemente do livro original, o filme da Disney não consegue agradar a todas as faixas etárias: é infantil demais.

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