Mais de 25 mil alunos da rede municipal de ensino de Várzea Grande estão fora da sala de aula desde o dia 1º de outubro, quando os profissionais da educação decidiram paralisar as atividades. Isso, em virtude da demissão de 400 funcionários pela Prefeitura Municipal que atuavam nos cargos de Agente de Segurança e Manutenção, que são os vigias e zeladores, e Agente de Serviços Gerais, nas 75 escolas da cidade.

A demissão em massa ocorreu depois que uma Comissão formada por membros do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-VG), da prefeitura e da Secretaria de Educação analisaram as folhas de pagamento dos últimos três meses e constataram funcionários fantasmas. Com isso, a secretaria decidiu demitir os cargos comissionados o que gerou verdadeiro embate com a categoria.

Ontem, diversas pessoas realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Várzea Grande. Para a presidente do Sintep-VG, Maria Aparecida Cortez, não é possível continuar com as aulas porque as escolas estão sem a mão-de-obra que foi dispensada. Além disso, ressalta que os trabalhadores foram demitidos injustamente, sendo que muitos estariam de licença médica e maternidade.

Por outro lado, a administração municipal alega que as demissões ocorreram devido a excesso de funcionários na folha de pagamento. O secretário de educação e vice-prefeito, Tião da Zaeli, disse ao site Olhar Direto que não houve outra medida a ser tomada para que não haja o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Em uma nota emitida pela Prefeitura de Várzea Grande afirma que a ausência dos profissionais da educação do local de trabalho será punida com o corte de ponto. Contesta ainda a atuação do Sintep alegando que estaria promovendo uma paralisação inconseqüente, inoportuna e de cunho politiqueiro, sem explicar suas reais intenções.