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falta de discurso

Movimento MT Muito Mais passa por crise de "amarração"

07 Jun 2010 - 08:00

Da Redação - Alline Marques e Marcos Coutinho

O Movimento Mato Grosso Muito Mais, formado hoje pelo PSB, PV, PDT e PPS, vive uma crise de "amarração política", que, resumidamente, consiste na falta de um discurso unificado de todas as lideranças envolvidas na coligação político-partidária.



Encabeçado pelo empresário Mauro Mendes, pré-candidato ao governo do Estado pelo PSB, o movimento está sob intensa pressão dos jogos de interesses dos Palácios da Alvorada, Paiaguás e do Alencastro e esta semana será decisiva para as pretensões dos socialistas, pedetistas, verdes e pepesistas.

Em almoço realizado no domingo (6) na residência do próprio Mendes, alguns líderes tentaram encontrar um rumo para a controversa coligação em meio às indefinições e às pressões externas e, sobretudo, às internas. Para desespero do pré-candidato do PSB, as pressões internas (do próprio partido e dos aliados) têm sido tão ou mais fortes do que as externas.

Aliás, a combinação das duas forças de contricção são perversas para o sucesso do movimento, que tem no procurador da República aposentado José Pedro Taques o candidato a senador.

Nos bastidores da própria aliança, a indefinição é amarga e as tensões internas aumentam por conta da urgência para montagem das chapas proporcionais de deputado estadual e de federal. Em resumo, o receio dos pré-candidatos a deputado é compreensível porque o tempo urge contra os partidos.

O próprio PSB é uma das legendas que sofre com a divisão do partido em dois grupos: um que apoia o empresário Mauro Mendes para o governo, com a intenção de fortalecer a sigla, pensando a longo prazo, por outro lado está o grupo ligado ao deputado federal Valtenir Pereira, presidente regional da sigla, que tenta a reeleição, mas sabe da dificuldade em atingir o quociente eleitoral.

Por mais que Valtenir reforce que está firme com o projeto político de Mendes, mas há dúvidas sobre o comportamento do parlamentar. Há militantes socialista também que duvidam da consistência da candidatura do empresário. Neste clima de incerteza, o partido vai tentando sobreviver aos assédios, principalmente, do governador Silval Barbosa (PMDB) que cogita oferecer a vice à sigla.

O movimento também tem problemas como PPS, numa indefinição sem precedentes, devido o posicionamento da executiva nacional que irá apoiar o pré-candidato a presidente do PSDB, José Serra. Com isso, o presidente Roberto Freire ainda receia que uma aliança entre o PPS e PSB em Mato Grosso possa prejudicar o tucano.

O PV é outro partido dividido entre o apoio a Mauro Mendes e o pré-candidato ao governo pelo PSDB, Wilson Santos. A briga interna no partido se deve ao fato de em 2008 a legenda ter caminhado ao lado do tucano e ocupar cargos na Prefeitura de Cuiabá, porém a executiva estadual já articulou uma vaga para o Senado na chapa e parece estar afinando o discurso.

O PDT, que até então era o partido mais firme ao lado de Mendes, agora começa enfrentar uma crise interna provocada principalmente com a vinda do ex-procurador da República Pedro Taques, para disputar ao Senado. Alguns militantes já começam a se confrontar com Taques e, além disso, existe uma ala que defende aliança com Wilson Santos.

Sendo assim, com todos os partidos em clima de racha e indefinição o Movimento Mato Grosso Muito Mais tenta se manter e se estabilizar no cenário político para encarar a disputa em 2010. Ao que parece, Mendes não está disposto a recuar da candidatura, porém como cabeça de chapa terá de apresentar uma enorme habilidade política para superar a crise do grupo.

Atualizada às 9h06

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