O empresário Mauro Mendes (PSB), pré-candidato ao governo, tem tentado de todas as formas manter sua candidatura e até apressou-se em fechar a chapa para majoritária ainda nessa quinta-feira (24) e dar sustentação ao projeto político. Apesar da confiança que tenta transparecer a situação do socialista é delicada e ele não descarta a possibilidade de rever a viabilidade da campanha e adiantou que não será candidato “kamikaze”.
“Se depender de mim vou até dia 30 (data da convenção) lutando para ser candidato, mas eu dependo dos demais partidos para viabilizar minha candidatura. Sou uma pessoa responsável e não serei um candidato kamikaze, como alguns fazem com partidos menores”, afirmou em entrevista ao programa
Cidade Independente, na
Rádio Cidade 94,3FM.
Sobre a briga no PDT, ocorrida nesta semana entre o presidente da sigla, deputado estadual Otaviano Pivetta, e militantes pedetistas, Mendes informou que o assédio é grande às siglas aliadas, mas tem lutado e tentado blindar o grupo para evitar mais crises, porém tem sido difícil e admitiu que poderá reavaliar sua candidatura, caso ocorra uma alteração nesta reta final.
Apesar do clima tenso no movimento Mato Grosso Muito Mais, Mendes ainda participou de uma reunião para discutir as proporcionais na noite de quinta-feira (24) e demonstrou muito otimismo.
“Estou determinado e acredito nas mesmas coisas de antes, tenho sido determinado e demonstrado força, mas se nesta reta final ocorrer uma alteração terei de reavaliar a minha candidatura. Existem muitas movimentações de bastidores e estou tentando controlar, fiquei até tarde em reunião e estou tentando criar condições para ser a terceira via e dar uma opção para população mato-grossense, mas está difícil”, explicou.
Diante das inúmeras pressões que os partidos aliados do Movimento Mato Grosso Muito Mais, Mendes começou a demonstrar fraqueza no discurso e destacou que não se faz política sozinho e para conseguir viabilizar sua candidatura ao governo é preciso duas coisas: “viabilidade política e eleitoral”.
Para o empresário, até o momento ele tem conseguido a viabilidade eleitoral, por meio da organização de campanha, propostas e apesar de todas as dificuldades, ele tem despontado com média de 20% nas pesquisas realizadas nos últimos meses.
“Agora só nos resta garantir a viabilidade política. Para isso dependo dos outros partidos para montar uma aliança forte. Se depender só de mim eu serei candidato, mas de qualquer forma política não é uma atividade individual e sim coletiva, que você faz com gente e com partidos”, justificou.
