Adversário do governador Silval Barbosa (PMDB) na briga pelo comando do Palácio Paiaguás, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), comparou a eleição à batalha “desleal” entre o gigante guerreiro Golias e o pastor Davi. “Vamos enfrentar gente rica com a máquina pública na mão e que não tem vergonha de utilizar a máquina em benefício próprio”.

Mostrando o dom da oratória, Wilson, que é formado em História, afirmou acreditar na justiça divina e, por isso, não vai falhar. Lembrou o escândalo dos maquinários do programa MT 100% Equipado superfaturados em mais de R$ 40 milhões, como comprovou levantamento realizado pela Auditoria Geral do Estado.

“Deus não falha e vejam só o que aconteceu com o episódio dos maquinários em Mato Grosso. Essa vai ser a luta do bem contra o mal”, disse, durante a convenção do DEM, lembrando o passado de entregador de jornal e o sonho de se tornar prefeito de Cuiabá. Numa referência ao empresário Mauro Mendes (PSB), que desistiu a disputa para se aliar ao grupo de Silval, o tucano prometeu que não atuará em favor dos empresários com interesses particulares.

Seguranças

A pedido do senador Jayme Campos, tido como cacique do DEM em Mato Grosso, Wilson garantiu que, caso for eleito, vai baixar um decreto revogando a lei que concede gratuitamente policiais militares para fazer a segurança de ex-governador. A lei foi sancionada durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), principal cabo eleitoral de Silval.