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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Grampo flagra Vilceu solicitando "benefícios" depois de se demitir

Mesmo após ter se demitido da secretaria de infra-estrutura, Vilceu Marchetti é flagrado em intercepetações telefônicas tentando se beneficiar do cargo. O mais novo episódio da investigação sobre o superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de máquinas e caminhões, e mostra o ex-secretário tentando alugar uma caminhonete através do contrato de aluguel firmado pelo governo.


O "grampo" que flagrou Vilceu foi feito pela Delegacia Fazendária no dia 19 de maio, quando o inquérito que apurou a denúncia de sobrepreço ainda estava em fase de inquérito. Ele se demitiu do cargo no dia 30 de abril. Mesmo assim, não se inibiu de telefonar para o então superintendente de Gestão da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Ulisses Dysarsz, para pedir interferência do funcionário público junto à empresa que alugava caminhonetes para o Estado.

O telefonema de Vilceu para Ulisses foi feito no dia 19 de maio, às 16h30 e durou 1 minuto e 24 segundos. Segundo informações do jornal A Gazeta, foi um dos motivos que levaram a Delegacia Fazendária a pedir à Justiça a prorrogação da quebra do sigilo telefônico do ex-secretário. O pedido foi acatado pelo juiz José Arimatéia.

Na conversa, Vilceu pergunta ao antigo subordinado sobre o contrato e diz que queria alugar a caminhonete por 30 ou 50 dias para levar vacinas para uma de suas fazendas. Sem que a proposta fosse adiante, ele se beneficiaria das garantias e descontos do contrato. Ulisses respondeu que isso não seria possível, pois os benefícios eram restritos ao governo e já havia vencido em 2008. "Dá uma consultada. Diz que o secretário saiu e precisa de uma ajuda", diz trecho da conversa. O aluguel do carro era de R$ 3,5 mil.

Investigado - Assim como Vilceu, o ex-secretário de Estado de Projetos Estratégicos e suplente de senador José Aparecido dos Santos (PR), o Cidinho, também teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça. Ele foi investigado por períodos de 15 dias a partir de 1º de julho, 30 de setembro e 1º de março de 2009. Ambos não retornaram as ligações de A Gazeta para comentar o assunto.

Quem também teve o telefone grampeado foi Valter Sampaio (ex-superintendente de Manutenção e Operação de Rodovias da Sinfra) e Suzy Gonçalina (ex-chefe de gabinete da pasta na gestão de Vilceu). Eles foram indiciados com Vilceu por formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção passiva.

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