Líderes do PSDB e do PSB de Mato Grosso já afirmaram ter preferência por apoiar uma provável candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo, o que os levaria a serem aliados naturais nas eleições de 2014. Todavia, exigências de exclusividade de palanque para os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) devem agravar problemas de relacionamento entre as siglas e causar um efeito colateral negativo no agrupamento do pré-candidato pedetista.
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O deputado federal Nilson Leitão, presidente regional do PSDB, já afirmou em diversas ocasiões que não aceita dividir o palanque para Aécio Neves com mais nenhum candidato ao Palácio do Planalto. Agora, após voltar de uma reunião com a Executiva Nacional do PSB, a deputada estadual Luciane Bezerra, liderança emergente da sigla, asseverou que a prioridade do partido é construir palanque prioritário para Eduardo Campos e, de preferência, junto ao do senador Pedro Taques.
Com essas posições, Pedro Taques pode ver ruir seu trabalho para aglutinar a oposição em torno de sua candidatura para enfrentar quem for escolhido como sucessor do governador Silval Barbosa (PMDB), pois, a menos que os dois partidos cedam nessa exigência, somente um deverá permanecer com o pedetista, atual favorito entre os pré-candidatos colocados na disputa pelo Palácio Paiaguás em 2014.
Nessa “guerra fria”, a parlamentar socialista espera receber prioridade do PDT, em decorrência do histórico recente de aliança entre as siglas, além da força do partido em Mato Grosso. “O PSDB é novo no grupo. Está chegando agora. Nós somos estamos juntos há mais temp. Já são suas eleições junto do PDT. Fora a capilaridade do PSB que, hoje, é muito maior em todo Estado” , argumentou Luciane.
Nilson Leitão, por sua vez, já foi claro ao falar sobre a prioridade do PSDB ter palanque exclusivo a Aécio Neves. “Não vamos dividir o palanque do Aécio de maneira alguma”, disse o presidente tucano, ainda em junho. Na mesma ocasião, o presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana,
chegou a afirmar que a siga poderia apoiar o presidenciável tucano, o que à época agradou Leitão.
“O PDT não é aliado natural da Dilma (Rousseff, do PT). Eu conversei com meu presidente e em vários estados nós não vamos apoiar a presidente Dilma. Não vejo problema algum (em apoiar Aécio Neves)”, disse Zeca Viana è época, em reunião no auditório do Hotel Paiaguás.