Somente após o Grupo Águas do Brasil vender a CAB Ambiental é que o prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, irá decidir sobre a concessão de água e esgotamento sanitário, na Capital. “Fazer qualquer coisa agora é atirar no escuro. A CAB Ambiental possui 19 concessões e Cuiabá é a maior, porque corresponde a 46%”, ponderou Mendes, ao descartar a reassunção do sistema pela municipalidade, como era no período da antiga Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).
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“Não dá! Assim [gerenciada pela prefeitura] é impraticável, porque deixou mais de R$ 200 milhões em precatórios e dívidas trabalhistas”, observou ele. Mendes revelou que existe uma forte expectativa de que o negócio de venda da CAB Ambiental seja fechado em agosto, mas não quis detalhar o tema, por considerar tratar-se de questão privativa do Grupo Galvão, de quem a CAB Cuiabá é a maior subsidiária.
Existe um problema grave, nos bastidores: a maioria dos grupos privados da área de saneamento está
perdendo o fôlego para manter os investimentos no setor.
Mauro Mendes entende que pedido de recuperação judicial de grupo controlador da CAB Cuiabá gera incerteza na concessão dos serviços. ele afirmou que continua vendo com “muita preocupação” o pedido de recuperação judicial do grupo Galvão, mas evita projetar situações em que o contribuinte corra o risco de pagar a conta.
Nesta terça-feira (3), na reabertura dos trabalhos da Câmara de Cuiabá, os vereadores Dilemário Alencar (PTB) e Marcrean Santos (PRTB) se comprometem em apresentar um “raio X” sobre a situação da CAB Ambiental. “As constantes notícias que estão sendo veiculadas pelos órgãos de imprensa local e nacional, envolvendo o Grupo Galvão, ao qual a CAB pertence, estão preocupando o povo cuiabano”, disparou Dilemário Alencar,
Estudo
A diretoria da recém-criada Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados da Capital (Arsec) continua a estudar minuciosamente o contrato com a CAB Ambiental e, também, a saúde financeira do Grupo Galvão. O presidente da Arsec, Alexandre Bustamante Santos, e diretores Rosidelma Francisca Guimarães (reguladora) e Alexandro Lisandro de Oliveira (ouvidor) estão envidando todos os esforços para identificar a dificuldade encontrada pela CAB para honrar o contrato, principalmente pela universalização da água.
Quando concluir os estudos, a Arsec vai envia pra Mauro Mendes e, a partir daí, a idéia é assegurar melhoria nos serviços para que cada cidadão possa ter água em causa casa.
