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Terça-feira, 17 de setembro de 2024

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CPI espera aval de juíza para Silval 'explicar' incentivos fiscais; delator e Cursi também serão ouvidos

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

CPI espera aval de juíza para Silval 'explicar' incentivos fiscais; delator e Cursi também serão ouvidos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal aguarda a autorização da juíza Selma Rosane Arruda para colher o depoimento do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está marcado para esta terça-feira (6). Silval está preso desde o dia 17 de setembro, no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, acusado de comandar uma organização criminosa que teria fraudado incentivos fiscais.


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Em função da prisão, é preciso que a juíza titular da 7 ª Vara Criminal de Cuiabá autorize seu deslocamento até a Assembleia Legislativa para participar da CPI. Outro preso pela Polícia Civil na Operação Sodoma, o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, deve depor na próxima semana, se a magistrada também autorizar.

“Nossa expectativa é que a juíza autorize a vinda deles para a CPI, afinal, nossa investigação ajudou para que esse esquema viesse à tona. Foi após depor na CPI e ver a lista de empresas que estávamos investigando que o ex-secretário Pedro Nadaf resolveu procurar o empresário João Batista Rosa para pedir propina. Foi assim que o empresário resolveu denunciar e levou a operação a ser deflagrada”, declarou o presidente da CPI, o deputado estadual Zé do Pátio (SD), ao Olhar Direto.

A CPI descartou um novo depoimento do outro preso na operação, o ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf. Isso porque ele já depôs duas vezes à CPI, e a maioria dos membros considerou desnecessário convocá-lo pela terceira vez.

A comissão ainda marcou o depoimento do delator João Batista Rosa, dono das empresas Tractor Parts, DCP Máquinas e Casa de Engrenagem, para a próxima quinta-feira (8). De acordo com ao Polícia Civil, ele resolveu denunciar o esquema após sofrer extorsão de Cursi e Nadaf, que teriam cobrado cerca de R$ 2 milhões em propina ao longo das suas gestões, e mais R$ 45 mil este ano para defender essas empresas junto à CPI da Sonegação.  

Oitiva suspensa

O depoimento de Silval Barbosa na CPI estava inicialmente marcado para o dia 15 de setembro, data em que a Polícia Civil deflagrou a Operação Sodoma. Porém, ele não compareceu a oitiva, onde policiais esperavam para prendê-lo. Desse modo, se tivesse ido depor, ele teria sido preso na Casa de Leis, na frente de toda a imprensa.

O ex-governador acabou se apresentando na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) dois dias depois, e foi preso no dia 17. Dois secretários de seu governo, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, estão presos desde o dia 15. Os três foram indiciados por organização criminosa e corrupção passiva, pois teriam cobrado propina para conceder e manter incentivos fiscais. Nadaf e Silval respondem também por lavagem de dinheiro. 
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