A projeção de disputa dos deputados estaduais Emanuel Pinheiro (PR) e Eduardo Botelho (PSB) pela presidência da Assembléia Legislativa de Mato Grosso não deve provocar dicotomias. As minúcias das pretensões de cada um ainda são incógnitas, mas está claro que vão para o embate e isso é natural, e o Wilson assegura que o governador José Pedro Taques (PSDB) está pronto para o antagonismo, se acontecer, no Poder Legislativo.
 
A tese é sustentada pelo líder do governo na Assembléia, deputado Wilson Santos (PSDB), ao avisar que o Poder Executivo não tem predileção  e lembrar que as eleições ocorrerão em setembro de 2016, para uma Mesa Diretora que só irá assumir em 1 de fevereiro de 2017.

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“No primeiro biênio, a eleição ocorre no dia da posse. E, no segundo biênio, o pleito ocorrem em setembro. Assim, a Assembléia  vai conviver cinco meses com dois presidentes. E isso é quase conviver com um triunvirato”, ponderou ele, por causa dos dois presidentes e, ainda, o primeiro secretário.
  
“A disputa entre Botelho e Emanuel é legítima e toda articulação deve ser respeitada. Quem chega a deputado é natural que queira participar da  Mesa Diretora”, citou o líder governista.
 
“Botelho é sangue novo e pode dar um perfil novo. Botelho é fato novo e pode fazer mudanças estruturais na casa. É um empresário bem sucedido e pode trazer princípios da administração privada para a gestão publica. Ele muito simpático, agradável e não tem aresta. Não será surpresa de construir uma chapa única”, sintetizou Santos, para a reportagem do Olhar Direto.
 
“Já Emanuel é um dos mais completos, no Poder Legislativo. O pai dele presidiu a Casa duas vezes. Se não fosse sua morte precoce, [Emanuel Pinheiro, o pai] teria sido governador Mato Grosso. Recebi o governador [José Fragelli]  algumas vezes e sempre citou  dois que seriam governadores, se não morressem jovens: Salim Nadaf e Emanuel Pinheiro”, justificou.
 
Por isso, Wilson Santos classifica Emanuel Pinheiro como muito talentoso. “Ele sabe fazer oposição sem perder o charme e a elegância. É um deputado diferenciado. Veja [se acontecer], presidência de Emanuel não teria abalo com o governador Pedro Taques. São relações institucionais. Pedro Taques é chefe de um poder e não dos três”, proclamou Santos, que já foi deputado estadual quatro vezes, duas vezes deputado federal e duas vezes prefeito de Cuiabá.

“Desta forma, tanto Botelho quanto Emanuel estão preparados, de formas diferentes para presidir a Casa. Botelho é da iniciatva privada. Emanuel homem experiente, na vida pública desde 1988. Teve o pai e o tio Jonas Pinheiro, suas melhores referências; e  Pedro Taques tem perfil e preparo para viver com o antagonismo a qualquer momento”, sentenciou Wilson, que continua líder do Poder Executivo, no Edifício Dante Martins de Oliveira.