O deputado estadual Zeca Viana (PDT) prevê que a oposição ao governo Pedro Taques (PSDB) vai aumentar este ano, e pode chegar à metade da Assembleia Legislativa. Atualmente, apenas três dos 24 deputados titulares atuam como oposicionistas: o próprio Zeca, Janaina Riva (sem partido) e Emanuel Pinheiro (PR) – apesar de este último preferir a alcunha de “independente”.

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“Nossa postura é de pontuar os erros do governo, e muitas vezes o governo não aceita. O governo quer ser o absoluto. A nossa função é fiscalizar e cobrar. E é o que estamos fazendo. Não estamos deixando a sujeira ir para debaixo do tapete. E está engrossando o caldo. Até o final do ano vamos ter em torno de 50% dos deputados aqui desta Casa nesse nosso posicionamento”, acredita o deputado do PDT.

Para Zeca Viana, as eleições de 2016 vão ser a grande motivação que levará mais deputados para a oposição. Um dos motivos é que haverá deputados da base governista apoiando candidatos adversários ao candidato do governo em diversos municípios do estado, o que pode gerar atritos. Outro motivo provável de rompimento, na avaliação do deputado do PDT, é que o governador Pedro Taques não deve dar apoio financeiro aos candidatos que apoiar, o que também deve gerar insatisfação.

“As eleições municipais agora também vão ser um parâmetro. O governador, na minha ótica, vai ter certa dificuldade, porque há municípios que está se cogitando um candidato a prefeito do PSD e do outro lado o PSDB, por exemplo. E há deputados que têm interesses no meio. Então o Pedro não vai dar aquele apoio que os governos anteriores davam, inclusive financeiro. Ele foi bem claro: disse que não tem dinheiro e que dinheiro público ele não vai dar para campanha”, analisou Zeca.

O próprio Zeca Viana foi um dos que deixou a base governista para se tornar oposição. Depois de passar cinco anos como aliado de Pedro Taques e ajudar na eleição dele a governador, os dois acabaram rompendo após brigas por cargos e desentendimentos na eleição da Mesa Diretora da Assembleia.

Com a desfiliação do deputado estadual Leonardo de Albuquerque, que deve ir para o PSD, a tendência do PDT é se consolidar como partido de oposição na Assembleia Legislativa, depois de já ter sido o partido do governador Pedro Taques, que deixou a sigla em 2015 para entrar no “ninho tucano”.