O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), quer participar diretamente da escolha do candidato a vice-prefeito na sua chapa, em sua possível candidatura à reeleição. A indicação deve ser feita pelo PSDB, e já é dado como certo por líderes das duas siglas que a escolha será feita pelo governador Pedro Taques (PSDB), que indicará um quadro tucano para compor com Mendes. O prefeito afirma que ainda não está discutindo isso oficialmente, afinal, sequer decidiu se disputará a reeleição, mas admitiu conversas extraoficiais com Taques e o presidente regional do PSDB, Nilson Leitão, sobre a escolha do vice.

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“O governador tem um peso muito grande dentro do partido, mas essa será uma decisão a ser tomada pelo PSDB. Não posso entrar no mérito de dizer como o partido deve fazer isso. Caberá a eles definir quais os critérios. E caberá a mim, obviamente, se for candidato, também discutir isso. Porque eu não quero que aconteça novamente o que aconteceu em 2012, quando uma escolha foi feita e eu fiquei sem o vice, trazendo alguns dissabores”, declarou Mendes.

Nas eleições de 2012, o vice indicado pelo PR, o então deputado estadual João Malheiros (PR), renunciou ao cargo depois de eleito, e se recusou a tomar posse, deixando Cuiabá sem vice-prefeito. Dessa forma, Mendes acabou “refém” do então presidente da Câmara, seu adversário João Emanuel, que passou a ser seu sucessor. Dessa forma, o prefeito evitou a todo custo tirar férias ou deixar o país, para que João Emanuel não assumisse o comando do município. Com a eleição do aliado Julio Pinheiro (PTB) como presidente da Câmara, em 2013, Mendes passou a ter mais tranquilidade.

Apesar de deixar claro o desejo de participar da escolha e a possibilidade de vetar nomes propostos pelo PSDB, Mendes evitou opinar sobre as opções já ventiladas. Ao ser questionado sobre a possibilidade de ter em sua chapa o secretário de Estado de Educação, Perminio Pinto (PSDB), ou o secretário-adjunto de Turismo, Luiz Carlos Nigro (PSDB), ele disse apenas que “são bons nomes”.

Mendes destacou, ainda, que se for reeleito, cumprirá os quatro anos do mandato, o que deve diminuir a pressão sobre a escolha do vice. “Se eu for candidato, e se eu for reeleito, serei um prefeito de quatro anos em Cuiabá. Não sou homem de mentir e enganar a população como tantos políticos já fizeram em Cuiabá”, disse, alfinetando o ex-prefeito, hoje deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que deixou após a prefeitura após 1 ano e três meses do segundo mandato, para disputar o governo estadual, em 2010.