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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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SÓ O INDISPENSÁVEL

Milan defende 0% de reajuste para servidor e Avalone revela R$ 1 bi “escondido” em folha salarial na LOA

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Jandir Milan se comprometeu em liderar empresariado para apoiar decisão do governador Pedro Taques

Jandir Milan se comprometeu em liderar empresariado para apoiar decisão do governador Pedro Taques

Defensor intransigente do “Estado mínimo”, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), empresário Jandir Milan, deu o tom da reunião do governador José Pedro Taques (PSDB) com dezenas de dirigentes de entidades empresariais, responsáveis pela geração de quase 80% dos empregos na iniciativa privada, nesta segunda-feira (27), no Salão Cloves Vettorato do Palácio Paiaguás.

 
 “O senhor [governador] deveria retirar esse projeto de reajuste de 6% da Assembleia Legislativa e não dar nada. Porque não tem condições de pagar. Se o Estado fosse uma empresa, estaria quebrado”, afirmou Milan, apontando para Taques, alertando para o risco de se transformar numa bola de neve e a folha de pagamento se tornar impagável, em pouco tempo.
 
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O presidente da Fiemt observou que o Brasil vive grave crise econômica e que o governo do Estado não deveria conceder nem 1% de Revisão Geral Anual (RGA) de 6% para os servidores públicos, neste ano. O funcionalismo estadual exige o reajuste de 11,28% – percentual da perda inflacionária de 2015 – medida pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor (INPC).
 
Jandir Milian chegou a comparar a situação de suas empresas com o Estado. “Se eu desse a opção aos meus funcionários dizendo a eles que eu vou reduzir os salários deles em 11%, para lhes manter o emprego, o que a lei não permite, eu tenho certeza de que todos iriam aceitar. E estou vendo aqui os servidores não aceitando os 6%”, criticou o presidente da Fiemt.
 
Pedro Taques ouviu outras revelações aterradoras de alguns empresários. O diretor do Sindicato da Construção, Geração e Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia-MT), Carlos Avalone Júnior, recordou que, em 2013, quando era deputado estadual e foi relator da Lei Orçamentária anual (LOA) para 2014, advertiu o então governador Silval Barbosa (PMDB) sobre falhas graves na legislação. “Tinha ocultação de mais de R$ 1 bilhão na folha de pagamento dos servidores, além de R$ 500 milhões em dívidas ‘escondidos’ na Lei Orçamentária. Foram votadas várias leis de carreira em um dia e incentivos fiscais pouco claros”, denunciou Avalone Júnior.  
 
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Júlio Flávio Miranda, disse que a categoria concedeu 6% de reajuste, mesmo índice oferecido por Taques ao servidores estaduais. “Deixamos claro [para os sindicatos de trabalhadores] que não termos condições de pagar mais do que isso. O momento é de greve crise”, observou Júlio Flávio.
 
O mesmo pensamento tem o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (CDL), Paulo Gasparotto, ao alertar sobre os possíveis prejuízos que a greve já tem trazido ao setor em Mato Grosso. “O comércio depende do funcionalismo público, mas entendemos que não podemos deixar o governo em uma situação extremamente delicada e comprometida. Creio que a proposta de 6% é conveniente e acredito que os servidores deveriam entender essa situação de gravidade e contemplar os interesses da população de Mato Grosso”, justificou Gasparotto.
 
  
“Receber salário em dia já é um ponto a ser comemorado. Um governo que trabalha com 49% do seu faturamento voltado para pagamento de folha já é visto por nós de forma insustentável. Nas nossas empresas, se isso passar de 20% nós já fechamos as portas”, avaliou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Mato Grosso (Abrasel), Fernando Medeiros.
 
“Sabemos da importância do setor produtivo e precisamos do apoio de vocês neste momento que é de crise. Precisamos fazer um pacto pelo Estado e estamos conversando com todos”, argumentou Pedro Taques.

“Junto aos Poderes já apresentamos a redução do duodécimo; para a classe comercial definimos mudanças por meio do Decreto 380, que terá inicio a partir de 2017. Com os frigoríficos também estão sendo discutidas novas medidas. O Governo não se faz sozinho, precisamos de todos neste momento”, completou o chefe do Poder Executivo.
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