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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

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base gelatinosa

Maluf diz que é preciso ser flexível e base aliada não pode ser reduzida por causa da votação da RGA

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

O deputado Guilherme Maluf defende a manutenção da base aliada

O deputado Guilherme Maluf defende a manutenção da base aliada

O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), criticou a postura inflexível do governo e do líder Wilson Santos (PSDB) de reduzir a base aliada em função da votação da Revisão Geral Anual (RGA) 2016. A polêmica lei, que desagradou ao Fórum Sindical, foi aprovada na semana passada por 13 a 9, e fez com que o líder reduzisse suas contas sobre a base de sustentação do governo no Legislativo. Antes, Wilson costumava calcular 21 aliados e agora afirma que conta apenas com 17 deputados. Além disso, o governador Pedro Taques (PSDB) declarou que sua base não pode ser “gelatinosa”, mas tem que ser firme.


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“Tenho outro entendimento de política. Acho que a política não pode ser inflexível; ela tem que ser flexível. Para eu perder um parlamentar de uma base, tem que ter um motivo muito forte. Nós vamos precisar dos votos de todo mundo aqui dentro. Então eu não descartaria nenhum deputado por uma votação que ele não pudesse ter naquele dado momento. Eu não atuaria assim”, disse Maluf.

O presidente acredita que a discussão acirrada em torno do texto, que garantiu reposição de 7,54% aos servidores estaduais, fortaleceu o Poder Legislativo. “Eu tenho 12 anos de parlamento e nunca vi uma discussão tão acirrada nesta Casa como essa. E tudo aconteceu de forma transparente, as galerias sempre lotadas. Os deputados tiveram alguns debates mais acirrados com as galerias e entre os próprios deputados, mas isso faz parte do parlamento”, disse.

Para o tucano, o debate em torno da RGA serviu também para aumentar a independência do Poder em relação ao Executivo. Exatamente por isso, Maluf defende que o governo tenha compreensão com aqueles que votaram contra a RGA. “Tem que haver compreensão por parte do governo de entender porque alguns deputados não votaram a favor da RGA. O amadurecimento tem que ser de ambas as partes. Não é porque um deputado não votou que ele não participa da base do governo. Fez isso porque naquele momento representaria um ruído muito grande na sua base e poderia comprometer o futuro da sua atividade política”, ponderou.

“Eu acredito que esse processo de [aumento da independência entre os poderes] está acontecendo à medida que os parlamentares entendem que a Assembleia, para se tornar forte, tem que ser independente do Poder Executivo. Essa construção desse relacionamento é feita com o tempo. Temos aqui metade dos parlamentares que são de primeiro mandato e é natural que eles estejam muito ligados ao governo. A construção dessa independência vai ser feita à medida que os embates vão acontecendo”, analisou.

Na conta da nova base aliada feita por Wilson Santos, entram os 15 que votaram com o governo no projeto da RGA – incluindo Romoaldo Junior (PMDB) que participou apenas da primeira votação e Guilherme Maluf que vota apenas em caso de empate –, além de Leonardo Albuquerque (PSD) e Wancley Carvalho (PV). Os dois tiveram autorização de Wilson para votar contra o projeto, por suas origens no serviço público. Com o redesenho da base aliada, ficam de fora, nesse momento, Sebastião Rezende (PSC), Pery Taborelli (PSC), Silvano Amaral (PMDB) e Zé do Pátio (SD). Seguem na oposição Janaina Riva (PMDB), Emanuel Pinheiro (PMDB) e Zeca Viana (PDT).
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