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Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

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Paulo Taques defende secretariado das críticas de Percival e não aceita comparação com assessoria de Hitler

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Paulo Taques defende secretariado das críticas de Percival e não aceita comparação com assessoria de Hitler
Apontado pelos próprios colegas como o assessor com maior ligação ao governador José Pedro Taques (PSDB), o secretário Paulo Zamar Taques, chefe da Casa Civil, deu uma resposta dura ao presidente regional do PPS, prefeito Percival Muniz, de Rondonópolis, por suas críticas à postura burocrática da equipe de governo. Zamar Taques classificou como “desleal e covarde” a comparação da equipe técnica do atual governo com a montada pelo ditador Adolf Hitler, na Alemanha do Terceiro Reich.  

 
“Em qualquer lugar do mundo. Em qualquer idioma que você usar a palavra Hitler, tem que ser feita com cuidado, com comedimento. Tem que ser pensado. Se comparou nossos secretários [do governo Taques], com assessores de Hitler, quero crer que foi fruto do calor da fala. Ele conhece o governador, me conhece; e conhece a maioria dos secretariado”, argumentou o chefe da Casa Civil, para a reportagem do Olhar Direto, nesta terça-feira (19), ao lado do governador, após participar da cerimônia de entrega de 500 capacetes galés para o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso.

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Paulo Taques assegurou que os secretários de Estado da atual gestão buscam o que é certo. “Quando se consulta o Tribunal de Contas do Estado [TCE] é para fazer a coisa certa. Quando consulta o Ministério Público, sobre como fazer a licitação de R$ 58 milhões para compra de ambulâncias, é porque se busca fazer o certo. E a consulta à Controladoria Geral do Estado [CGE] é porque desejamos fazer a coisa certa. Nós queremos fazer a coisa certa, com transparência, fazer com que o dinheiro público chegue no equipamento que vai salvar vidas”, sintetizou ele, na resposta à tese de Percival Muniz de que o governo se esmera em consultas e encaminhamentos.
 
“Palavra lançada é como a flecha que sai do alforje. Não vamos nos curvar à crítica fácil. Seria muito fácil sair prometendo que vai fazer isso e aquilo. Mas o passado recente [governo anterior de Silval Barbosa] já mostrou o quanto essa facilidade é nociva ao governo. O passado já mostrou o quanto não ouvir os órgãos de controle é ruim para o cidadão”, sintetizou o chefe da Casa Civil, que recebeu a palavra um evento da Secretaria de Segurança Pública justamente para marcar posição e responder ao presidente regional do PPS.
 
“Vou defender os secretários dos ataques, das covardias e das comparações desleais. As comparações covardes que nos atingem, neste campo pessoal e moral, eu vou rebater todas. Sou secretário: todas as vezes que os secretários foram vilipendiados, vou defender”, completou Paulo Taques. 

Críticas de Percival 

O prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), criticou o engessamento do governo estadual e atribuiu o fato ao medo que os secretários e detentores de cargos têm de romper as barreiras da burocracia estatal para executar ações. “Pedro tem um estilo próprio. Ele não é político, veio do Ministério Público, montou um governo com estrelas da iniciativa privada. Tem boa vontade, não tem má fé. Mas ele não pode falar para os secretários: ‘se você atropelar a burocracia e der problema, o problema é seu’. Ele tem que ser parceiro, dar apoio para a equipe. Ele fala que vai ter o maior prazer de prender um secretário, então eles ficam com medo”, avaliou.

Segundo Percival, esse temor que permeia a administração pública faz com que o Estado tenha uma estrutura de “governo do ao, ao”, ou seja, um governo em que um empurra a responsabilidade de decisão para o outro. “Para que o gestor vai decidir se isso significa correr riscos? Então ele decide ao: ao departamento, ao setor, ao engenheiro, e por aí vai. Ao, ao. A estrutura do governo é do ao, ao”, disparou.

O que mais irritou Paulo Taques foi quando Percival citou o nome de Adolf Hitler. “Um governador que não conhece bem a máquina pública e monta uma equipe com gente nova, com topete, que se acha o rei da cocada preta, e acaba falhando quando se depara com o dia a dia da administração pública. Pedro escolheu os maiores expoentes da sociedade mato-grossense e da iniciativa privada do Estado para compor a equipe dele. Mas não é isso que define o sucesso de um governo. O governo que teve os melhores técnicos foi o de Hitler”.
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