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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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SEM GOELA ABAIXO

Bancada do PSDB na Câmara de Cuiabá se revolta por espaço na indicação de vice de Mendes e critica "caciquismo"

Foto: rogério Florentino Pereira /

Maurélio Ribeiro (d) e Adevair Cabral ocuparam a tribuna da Câmara de Cuiabá para cobrar que vereadores do PSDB sejam ouvidos

Maurélio Ribeiro (d) e Adevair Cabral ocuparam a tribuna da Câmara de Cuiabá para cobrar que vereadores do PSDB sejam ouvidos

Insatisfeita com a condução do processo desde o início, a bancada do PSDB na Câmara de Cuiabá deu início a uma rebelião, nesta terça-feira, para exigir que seja ouvida no debate para indicação do candidato a vice-prefeito, na chapa do prefeito Mauro Mendes (PSB). “Será que o vereador só serve para pedir voto? Só serve para dar a cara a tapa, para o eleitor? Creio que o vereador não pode ser tratado desta forma”, esbravejou o vereador Adevair Cabral (PSDB), durante a sessão ordinária, da tribuna do plenário do Palácio Pascoal Moreira Cabral.

 
O nome mais forte no ninho, perante o governador José Pedro Taques (PSDB), é o do advogado Ussiel Tavares, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso. O presidente do diretório do PSDB, Carlos Avalone Júnior, afirmou que não existe nenhuma escolha, embora haja simpatias declaradas individualmente.

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“O PSDB está sendo vítima do caciquismo, que sempre combateu. Trazem o bolo pronto e enfiam goela abaixo dos vereadores. O candidato a vice-prefeito deve ter indicação orgânica e ficou combinado que os vereadores teriam vez e voz”, criticou Maurélio Ribeiro, em aparte concedido por Cabral.
 
De onde estavam sentados, no plenário, os vereadores Ricardo Saad e Lueci Ramos (PSDB), incentivavam os protestos dos colegas. Somente o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), que ausente no momento, não se manifestou.
 
“Nobres colegas, vejo que as práticas atuais do Palácio Paiaguás, no tratamento dos vereadores, são as mesmas dos governadores anteriores. Chico 2000 [PR] cansou de defender aqui, nesta tribuna, o então governador Blairo Maggi; depois, Domingos Sávio [PSD e ex-PMDB] defendeu o governador Silval Barbosa e também foi ignorado. E agora nós, vereadores do PSDB. Pelo jeito, só servimos para defender o governador e pedir votos,  mas não somos ouvidos para nada”, protestou Adevair Cabral, ao recordar de sua militância ao lado de Taques, desde 2009, quando ambos eram do PDT.
 
Maurélio Ribeiro disse que os vereadores não estão brigando por cargos, mas, sim, desejam ao menos serem ouvidos. Ele ponderou que qualquer um dos cinco parlamentares do PSDB têm condições de somar em favor da candidatura à reeleição de Mauro Mendes.
 
Carlos Avalone Júnior confirmou que a existência de “vazios políticos” na discussão da indicação do vice-prefeito, mas negou que isso ocorra por caciquismo. “As conversações prosseguem e tudo indica que a escolha do vice será aos 49 minutos do segundo tempo, como ocorria no tempo de Dante  [Martins de Oliveira]. Temos uma reunião hoje à noite, com o governador Pedro Taques e o prefeito Mauro, porque vamos continuar dialogando”, justificou ele.
 
Avalone Júnior negou que o diretório esteja protegendo indicação de ‘A’ ou de ‘B’ para vice, pois a isenção da Executiva Municipal   tem sido o ponto forte do diálogo interno. “Qualquer um pode ser indicado. Lógico que o palavra do governador tem peso, pois é nosso principal líder. Mas não existe nada goela abaixo e, sim, debatido internamente”, resumiu o presidente do PSDB.
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