O procurador Mauro de Lara (PSOL), candidato a prefeito de Cuiabá, criticou a paralisação das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na capital e em Várzea Grande. Na avaliação dele, é um crime contra a população mato-grossense deixar essa obra inacabada, depois de já ter consumido R$ 1,066 bilhão.
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“Vemos que houve desvio de recursos e má gestão do VLT na gestão passada. Mas também a gestão atual, do governador Pedro Taques (PSDB), aparentemente não quer avançar na questão do VLT. Não sei por que, se é por má vontade, se é falta de vontade política, Na verdade é um crime contra a população de Cuiabá e Várzea Grande, e a população de Mato Grosso. O VLT não é do Silval, não é do Pedro Taques; é do povo de Mato Grosso”, disse.
As obras do modelo sobre trilhos, que deveria funcionar como tronco a ser alimentado pelos ônibus coletivos, não avançam desde dezembro de 2014, no final da gestão Silval Barbosa (PMDB). Quando assumiu, em 2015, o governador Pedro Taques (PSDB) judicializou a questão, e de lá para cá foram feitos apenas reparos no Viaduto da Sefaz, que corria risco de desabar. A obra física não teve progressos.
Procurador Mauro defendeu que o prefeito de Cuiabá faça uma atuação política e cobre a retomada das obras, que são de responsabilidade do governo estadual. Na avaliação do candidato, o VLT representa um transporte de qualidade para a população da capital. Para construir o modal, o governo contraiu um empréstimo de R$1,150 bilhão para investir na obra, que foi licitada pelo valor total de R$ 1,477 bilhão. O governo passado já pagou R$ 1,066 bilhão ao consórcio VLT Cuiabá.
“O prefeito pode agir politicamente no sentido de cobrar. O VLT é um sistema de transporte moderno, Cuiabá e Várzea Grande merecem. É importantíssima essa ligação entre duas cidades. Todas as medidas têm que ser tomadas para conclusão. Até porque já consumiu mais de R$ 1 bilhão. Tem que responsabilizar as pessoas que desviaram recursos, mas a obra tem que ser finalizada”, concluiu.
