O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, rebateu as declarações do deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) e disse que o parlamentar pode escolher que caminho tomar. Na manhã desta quarta-feira (9), Oscar ameaçou abandonar a base governista devido ao governo não ter cumprido o acordo para implantar o curso de Agronomia em Juara, no campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

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“Eu acho que ele tem maturidade política para escolher os caminhos dele. Se o deputado Oscar Bezerra resolver sair da base, ele que tome o caminho político que a maturidade dele assim o desejar”, declarou Paulo Taques, em entrevista concedida no Fórum dos Municípios, no Hotel Fazenda Mato Grosso.

Ele disse não ter sido informado pelo deputado sobre sua intenção de deixar a base governista, e lembrou do apoio do governo à eleição da esposa do deputado, Luciane Bezerra (PSB), para a Prefeitura de Juara. “Nós o respeitamos, como todos os outros. Nós apoiamos a eleição da sua esposa em Juara. Nós o temos como parceiro e como do nosso grupo político.”

O secretário afirmou ainda, que não atenderá nenhuma demanda sob ameaça. “Nós não vamos cometer ou deixar de cometer nenhum ato por conta de ameaça. A hora que tivermos condições financeiras de fazer o pagamento das emendas, vamos retomar esse pagamento. Nós já pagamos mais de R$ 31 milhões em emendas”, disse.

Paulo Taques afirmou que a prioridade do governo, nesse momento de crise, é amenizar a situação da saúde pública, e que o governo tem preferido colocar em dia os repasses para a saúde em detrimento de outros setores. “Vai ser feito o repasse. Agora, como vamos fazer repasse para emendas, se não temos dinheiro para saúde? Os deputados têm entendido isso”, disse.

“Eu não acho correto, muito embora entenda a relevância do repasse da Unemat para a região de Juara, mas não acho razoável não resolvermos primeiro a questão da saúde pública. Que é essa que estamos resolvendo com o repasse de R$ 70 milhões dos R$ 109 milhões que virão da repatriação”, completou.

Segundo Oscar, a reitora da Unemat, Ana Maria Di Renzo, havia programado para este semestre o primeiro vestibular de Agronomia do campus de Juara, e teve que cancelar as provas. O deputado disse que havia firmado um acordo com o governador Pedro Taques (PSDB), de destinar R$ 2,5 milhões das suas emendas parlamentares para a implantação do curso, enquanto o governo entraria com uma contrapartida no mesmo valor, totalizando R$ 5 milhões. Porém, nada foi repassado para a Unemat.