O governador José Pedro Taques (PSDB) assegurou que dedica todo o seu tempo à gestão e que não tem condições de pensar numa eventual candidatura à reeleição, em 2018. Embora as bolsas de apostas dêm como certa sua passagem por um novo teste das urnas, em outubro do próximo ano, ele afiançou que não pensa nisso no momento e que destina todas as suas energias para ser um grande servidor do Poder Executivo de Mato Grosso.
“Candidatura à reeleição?!? Sou candidato a ser um grande servidor público de Mato Grosso. Temos que trabalhar e deixar eleição para
hora certa; para a época de eleição”, cobrou ele, ao participar da 11ª Caravana da Transformação, em Rondonópolis, protelando em público o debate que há tempos tomou conta dos bastidores.
Leia Mais:
– Pedro Taques deve assumir vice-presidência nacional do PSDB ao lado de João Dória
– Alto escalão do PSDB nacional pede para Taques não mudar de partido e mirar disputa à reeleição
O chefe do Poder Executivo fez uma referência indireta aos que já colocaram o bloco na rua, como o conselheiro Antônio Joaquim Neto, afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e que aguarda aposentadoria; e o ex-prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá.
Pedro Taques reconheceu que se viu obrigado a tomar medidas drásticas para alcançar o ajuste fiscal em 2018 e que não se preocupou com possível desgaste político e eleitoral, inclusive ao implementar a Emenda Constitucional que impõe limites aos gastos primários do governo.
“O administrador que ficar preocupado com prejuízo político... ele não decide...! Governar é você ter resistência e saber que não dá para contentar todo o mundo. Se começar a pensar em prejuízo político, daqui a pouco vou estar roubando e eu não quero roubar”, ensinou o governador.
Nesse contexto, Taques recorre à tese de que tomou decisões pensando nas próximas gerações de mato-grossenses. “Temos que administrar o Estado. E eu não estou pensando nas próximas eleições; estou pensando nas futuras gerações de mato-grossenses. Por isso tenho que organizar o Estado”, reiterou o chefe do Poder Executivo.
O governador lembrou que a Revisão Geral Anual (RGA) é herança de governos passados, deixada em lei, cumprida integralmente em sua gestão. “As leis da RGA foram criadas lá atrás [em outros governos]. Se o Poder Judiciário mandar parar de pagar, eu paro de pagar. Neste mês, pagamos 10% de aumento real para os servidores do Indea e do Intermat... são leis deixadas por governos antriores anteriores”, reforçou ele.
Outro exemplo dado por Taques é a Lei Complementar 510, de novembro de 2013, que garantiu a reestruturação dos subsídios dos profissionais da educação básica de Mato Grosso. “Foram concedidos ganhos reais de 7,15% em 2015; 7,25% em 2016 e, enfim, 7,20% em 2017. Todas as leis de carreira foram cumpridas”, citou o chefe do Poder Executivo.
O governador lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que serve de súmula. “Lei aprovada é incorporada ao patrimônio jurídico do servidor e eu respeito decisão judicial. Nós pagamos todas, porque o STF entende dessa forma”, complementou Taques.
Pela primeira vez, nos últimos tempos, se recusou a abordar individualmente a gestão do ex-goverandor Silval Barbosa. “Não....! Não vi uma única obra do governo Silval [Barbosa], em Rondonópolis. Mas vamos superar o passado e construir o futuro”, definiu Taques. Em situações anteriores, ele disparava a metrabalhora contra a herança deixada por Barbosa.
