A saída de cena do ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blairo Maggi (PP), tende a ‘zerar o jogo’ político-eleitoral em 2018 e não favorece nem prejudica nenhum dos principais pré-candidatos ao governo de Mato Grosso. A leitura partiu do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, ao enfatizar que a decisão representa perda significativa para Mato Grosso e para o Brasil, e não para eventuais candidatos.
 
A interpretação do chefe do Poder Executivo da Capital é de que Maggi faz falta em qualquer situação. Todavia, considera que não há vantagem para pré-candidato “A” ou “B”, na batalha pelo governo de Mato Grosso e duas vagas no Senado da República.

“Para mim, o jogo está zerado. Nós temos um arco de alianças que está sendo articulado e conversado com base nos partidos que construíram a nossa vitoriosa candidatura à Prefeitura de Cuiabá [em 2016], somando-se a outros partidos que não estiveram naquele pleito”, observou Pinheiro, após lançar o Programa ‘Verde Novo – 300 mil árvores, Cuiabá 300 anos’, neste sábado (3), nas margens do córrego do Barbado – ao lado Viaduto Clóvis Roberto (UFMT).

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A pré-candidatura de Wellington Fagundes para governador, caso tivesse Maggi para o Senado, segundo ele, realmente seria muito forte, mas a mudança de cenário não causa prejuízo irreparável. “Wellington tem sido convocado pelos políticos que desejam o melhor para Mato Grosso, para liderar o projeto. É lógico que o senador Blairo Maggi enriqueceria qualquer projeto, mas, acima tudo está o nosso ideal de fazer o melhor por Mato Grosso. Os homens passam, mas os ideais ficam”, filosofou Pinheiro, para a reportagem do Olhar Direto.
 
A estratégia de Wellington Fagundes discutir com os líderes oposicionistas um projeto alternativa, para Emanuel, representa um avanço, mesmo sem Maggi. “Wellington  não sai perdendo, pois está pronto para discutir um novo projeto para Mato Grosso, com novas ideais; com envolvimento da sociedade e preparar uma agenda política positiva para o nosso  Estado”, avaliou Pinheiro, que se mostra entusiasmado com a pré-campanha.
 
No entanto, Emanuel concorda que no médio e longo prazo Maggi vai fazer falta demais para a vida pública brasileira, em especial mato-grossense. “Como cuiabano e mato-grossense penso que é péssimo para Mato Grosso perder um líder do calibre e da envergadura de Blairo Maggi. Além de ser empresário de sucesso reconhecido internacionalmente, se destacou como um dos grandes líderes da política mato-grossense, nas últimas décadas. De suplente de senador a governador de MT por dois mandatos, fazendo uma gestão que marcou época”, citou Pinheiro, rememorando a história do senador pelo PP.
 
Emanuel Pinheiro recordou que seu tio Jonas Pinheiro foi quem retirou Blario da iniciativa privada, em 1994, para colocá-lo no cenário político, começando na suplência. “Depois de sair do governo, Maggi vai ao Senado, se destaca, vira ministro de Estado e realiza um grande trabalho para a agropecuária brasileira. É sabido que contribuiu coma balança comercial, abrindo mercados – criando pontes do Brasil para o mundo, mostrando nossa capacidade competitividade e acordos bilaterais para o agronegócio, mola propulsora da nossa economia”, argumentou o prefeito de Cuiabá.
 
“É uma pena que um líder desse nível decida não mais participar das eleições em Matt Grosso. Nos resta respeitar a sua decisão e, inspirados nas suas ações, procurar buscar novas gerações de jovens políticos para que Mato Grosso seja mais humano e sustentável para as futuras gerações”, completou Emanuel.