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Sábado, 27 de abril de 2024

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Al Qaeda é forçada a recorrer a ataques menos sofisticados, diz Casa Branca

A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira que a rede terrorista Al Qaeda vem sendo obrigada a recorrer a atentados "menos sofisticados", porque seus meios de ação foram debilitados por medidas tomadas pelos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001.


Vários ataques frustrados recentemente --como o realizado por um jovem nigeriano que tentou fazer explodir em voo um avião americano no dia de Natal-- além da tentativa recente na Times Square, são sinais desta tendência de levar a cabo operações de menor amplitude.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, destacou que o governo do presidente Barack Obama acelerou seus esforços antiterroristas no sudeste da Ásia, na África e no restante do mundo desde o ano passado.

Consequentemente, a Al Qaeda sofreu uma "baixa" em seu funcionamento, que "reduziu a capacidade de planejar e perpetrar atentados espetaculares como os de 11 de setembro", segundo Gibbs.

"Esta situação leva os terroristas a tentar ataques menores e menos sofisticados", explicou.

O paquistanês-americano Faisal Shahzad, 30, acusado do ataque na Times Square, supostamente conduziu um Nissan SUV levando uma bomba grande --mas que apresentou falha-- para o bairro mais movimentado de Nova York, no sábado (1º), no momento em que milhares de pessoas assistiam a espetáculos teatrais e a outras atrações turísticas.

Ele foi preso no aeroporto internacional John F. Kennedy na madrugada da segunda-feira, quando seu voo da Emirates Airlines se preparava para decolar com destino a Dubai.

A prisão foi efetuada 53 horas depois de a polícia ter encontrado uma bomba em chamas no veículo estacionado diante de um teatro, onde era apresentado o musical "O Rei Leão". O distrito da Times Square foi esvaziado enquanto a caça ao autor era iniciada.

Nesta terça-feira, Shahzad foi submetido a um interrogatório para que fossem revelados supostos vínculos da conspiração no Paquistão. As acusações sustentam que Shahzad participou antes do ataque de um "treinamento de fabricação de bombas" na região paquistanesa do Waziristão.

Confissão

O procurador-geral Eric Holder disse que Shahzad, naturalizado americano, havia admitido a sua participação na tentativa de atentado. No entanto, Shahzad, nascido no Paquistão e nacionalizado americano no ano passado, não compareceu ante o juiz, como era esperado. Também não apresentou uma declaração, e não houve uma razão oficial para a demora.

A ação criminal de dez páginas apresentado na terça-feira acusa este morador do estado do Connecticut de tentar "usar uma arma de destruição em massa" para matar no movimentado centro de Nova York.

Ele também enfrenta outras quatro acusações: tentativa de matar nos Estados Unidos por meio do terrorismo internacional, transporte de um aparelho de destruição, transporte de explosivos e tentativa de destruição de um edifício. Se for condenado poderá ser sentenciado à prisão perpétua.

Um dos aspectos mais preocupantes do caso, segundo as autoridades, são os possíveis vínculos entre a suposta conspiração de Shahzad e militantes islâmicos no Paquistão.

Segurança

Moradores de Nova York enfrentam nesta quarta-feira medidas de segurança mais rígidas nas ruas após o atentado frustrado de sábado (1º) na Times Square, apesar da prisão do paquistanês-americano Faisal Shahzad, 30, e do avanço das investigações.

"Sempre devemos estar atentos porque, aos olhos de um terrorista, Nova York representa os Estados Unidos, e eles querem nos matar", afirmou o comissário de polícia Raymond Kelly.

Na rede de metrô, a polícia revistava as bolsas dos passageiros que entravam em algumas estações. Também foram mobilizados mais oficiais do que o normal na esplanada do One Police Plaza, quartel da polícia da cidade, a algumas quadras da Corte Federal.

Prisões

Em Karachi, autoridades de segurança informaram que haviam detido duas pessoas que foram receberam ligações telefônicas de Shahzad.

Uma autoridade paquistanesa, que falou sob anonimato, disse que essas duas pessoas eram parentes do suspeito de Nova York, embora não sejam acusadas de ter ligação direta com o incidente do carro-bomba.

Segundo a ação criminal, Shahzad admitiu "depois de sua prisão que tinha sido treinado em fabricação de bombas no Waziristão, Paquistão".

A suposta visita ao bastião da rede terrorista Al Qaeda e dos talebans teria ocorrido durante uma viagem de cinco meses que, segundo a acusação, Shahzad realizou ao Paquistão, após a qual retornou com sua mulher no dia 3 de fevereiro.

Até o momento, o único grupo a assumir a responsabilidade pelo atentado fracassado foi o grupo paquistanês Tehreek-e-taliban, mas as autoridades dos Estados Unidos não deram crédito a essa afirmação.
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