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Sábado, 27 de abril de 2024

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Ministros criticam FHC e dizem que Lula não deixará abacaxi para sucessor

De olho na campanha presidencial, o governo Lula decidiu usar as derrotas de terça-feira na Câmara dos Deputados para alfinetar os tucanos. Segundo assessores do presidente Lula, ele não vai repetir o que ocorreu no governo FHC, que nos anos eleitorais de 1998 e 2002 não teria tomado as medidas econômicas necessárias para manter a estabilidade econômica do país.


"O presidente Lula não vai repetir nem 1998, quando deixaram o câmbio valorizado quebrar o país, nem 2002, quando não subiram os juros como deveriam ter feito e a inflação disparou, tudo por conta de serem anos eleitorais", afirmou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Em entrevista à Folha, Padilha disse que Lula não vai permitir que o clima eleitoral comprometa a estabilidade econômica e, no limite, vetará as decisões da Câmara dos Deputados, que deu um aumento de 7,7% para os aposentados e acabou com o chamado fator previdenciário --mecanismo que desestimula a aposentadoria precoce como forma de reduzir o déficit da Previdência.

Questionado se estava se referindo ao governo do presidente FHC, Padilha disse que, no governo tucano, a equipe econômica de então não tomou medidas econômicas necessárias por influência do ano eleitoral. "Naqueles anos, tivemos o descontrole do câmbio, em 98, e depois a disparada da inflação, em 2002. Não vamos permitir que tudo isso se repita, o presidente Lula tem compromisso com a estabilidade fiscal e, no passado, já vetou medidas idênticas", afirmou.

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) também seguiu na mesma linha. "O presidente Lula não vai deixar para seu sucessor, como outros governos já fizeram no passado recente, uma situação fiscal desequilibrada, problemas na área econômica", disse.

Segundo ele, Lula não terá receios do desgaste eleitoral e vetará as medidas se forem também aprovadas no Senado, onde ainda serão analisadas. "Lavar as mãos e deixar o abacaxi para o próximo governo, seja quem for, isso o presidente não fará", afirmou Paulo Bernardo

Padilha disse ainda que o governo tentará mudar as decisões no Senado. "Vamos usar todos os instrumentos para manter a responsabilidade fiscal, garantir a estabilidade econômica. Se for preciso, o presidente vetará as decisões."

Nas contas de Paulo Bernardo, o aumento real maior concedido pela Câmara dos Deputados provoca uma despesa extra nos próximos cinco anos de R$ 11 bilhões. "Isso aí é o seguinte. Estão aprovando agora e deixando o abacaxi para o próximo presidente, que terá de assumir e tomar medidas contra esse rombo. Mas isso não vai acontecer, porque o presidente Lula não irá permitir", afirmou.
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