O recém-empossado senador Jorge Yanai (DEM/MT) afirmou, em entrevista ao
Olhar Direto, que se considera mais do que um herdeiro político do senador Jonas Pinheiro. "Sou signatário de seu estilo de atuação parlamentar e do seu perfil político. Trabalhei em todas as campanhas eleitorais do ex-senador, sempre fui seu cabo eleitoral e esta aproximação permitiu que ele avalisasse a minha candidatura ao Senado federal", declarou o primeiro senador de origem japosena durante entrevista concedida no "cafezinho" do Sensado Federal.
Jorge Yanai afirma que se sente um privilegiado por ter se tornado um Senador da República e atribui a sua eleição a uma somatória de fatores, principalmente no âmbito partidário. Ex-deputado estadual entre 1991 e 1994, ele revela que não perdeu visibilidade por ter ficado tanto tempo sem mandato.
"Só é ouvido e tem visibilidade quem tem mandato, mas no meu caso sempre estive próximo porque participei ativamente das campanhas dos senadores Jonas Pinheiro e Jayme Campos, sempre tive a oportunidade de acompanhar a política muito de perto e ter o meu nome lembrado, principalmente em Sinop, onde inclusive já fui candidato a prefeitura, em 1989".
O senador acredita que representar Mato Grosso no Congresso Nacional significa estar atento às principais questões de interesse do Estado, como a agropecuária e a infra-estrutura.
"O senador Jonas Pinheiro me passou muito da importância da agropecuária para o Estado, de se buscar alternativas para garantir o aumento da produtividade, para o garantir o escoamento da produção. Ser parlamentar por Mato Grosso é estar atento a estas questões que são a base da nossa economia e que são responsáveis pelo nosso crescimento nos últimos anos", acrescenta.
Jorge Yanai não sabe se será candidato em outubro. Segundo ele, esta decisão depende das circunstâncias políticas e de uma definição do seu partido. Ele lamenta, porém, a escassez de novos quadros e defende uma maior participação da juventude na política.
"A renovação é uma constante preocupação dos partidos políticos. Percebemos que os jovens não estão preparados para ocupar este espaço. Se não fizermos um trabalho de valoziração da participação dos jovens na política, daqui a alguns anos não haverá ninguém preparado. Infelizmente as denúncias de irregularidades de afugentam os jovens da política", pondera.
